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Com medo de assaltos, comerciantes adotam estratégias para se proteger

Davi investiu mais de dois mil reais em segurança após o ultimo arrombamento. (Foto: Fernando Antunes)

Só atender quem conhece, dormir no estabelecimento e deixar apenas o “dinheiro do assaltante” em caixa, são algumas das medidas adotas por comerciantes do bairro Monte Castelo, para tentar diminuir o número de assaltos. 

Na avenida que leva o mesmo nome do bairro, da maioria dos comércios  apenas um petshop nunca foi roubado, mas por causa da insegurança, após um fim de semana de arrastão acabou investindo em portões reforçados e cerca elétrica.

Funcionária do pet shop há dois anos, Adriana Leal conta que a proprietária tem como medida de segurança deixar pouco dinheiro em caixa, e fechar planos mensais para que o dinheiro seja transferido todo de uma só vez.

Mais a frente a cabeleireira Nely Dias, proprietária de um salão de beleza, conta que passou a atender apenas conhecidos depois que um assaltante se passou por cliente e apontou uma arma para uma das funcionárias, em plena a luz do dia.

“Ele chegou como se fosse cliente e quando a funcionária foi atender, sacou a arma. Desde então só atendo com hora marcada e se for desconhecido eu dispenso. Assaltante não tem cara, pode ser qualquer um, a qualquer hora, depois que você passa por uma situação assim fica a insegurança”, desabafa.

Nely também tem como tática realizar depósitos diários e deixar no salão apenas o dinheiro do troco e do assaltante. “Pode parecer estranho, mas a gente deixa uma quantia reservada para isso, porque se chega aqui não tem nada eles vem logo te agredir”, teme.

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