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Dólar cai mais de 1% após TCU rejeitar contas do governo

Contas foram rejeitadas por unanimidade pelo tribunal na véspera. Na quarta-feira, dólar fechou a R$ 3,8711, em alta de 0,88%.

O dólar começou esta quinta-feira (8) operando em alta, mas virou logo no início dos negócios.

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Às 16h, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,8148, em queda de 1,61%. Veja a cotação do dólar hoje

O mercado avalia a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que rejeitou, nesta quarta (7), as contas do governo da presidente Dilma Rousseff de 2014.

Embora a notícia reforce as incertezas políticas que vêm pressionando o câmbio nas últimas semanas, a rejeição das contas era amplamente esperada pelo mercado. Operadores ouvidos pela Reuters entendem que ainda há muito pela frente caso um processo de impeachment da presidente torne-se possível.

Acompanhe a cotação ao longo do diaÀs 9h10, alta de 0,23%, a R$ 3,886Às 9h20, queda de 0,65%, a R$ 3,8519Às 9h30, queda de 0,34%, a R$ 3,8637Às 9h40, queda de 0,13%, a R$ 3,8719Às 9h50, queda de 0,06%, a R$ 3,8748Às 10h10, queda de 0,05%, a R$ 3,8752Às 10h30, queda de 0,36%, a R$ 3,8633Às 11h, queda de 0,47%, a R$ 3,859Às 11h10, queda de 0,36%, a R$ 3,863Às 11h40, queda de 0,47%, a R$ 3,8589Às 12h, queda de 1,17%, a R$ 3,8317Às 12h11, queda de 1,28%, a R$ 3,8272Às 12h37, queda de 1,24%, a R$ 3,8287Às 12h56, queda de 1,36%, a R$ 3,8243Às 13h54, queda de 1,03% a R$ 3,8373Às 14h20, queda de 1,56% a R$ 3,8165Às 14h40, queda de 1,46% a R$ 3,8203Às 15h, queda de 1,41% a R$ 3,8224Às 15h20, queda de 1,86% a R$ 3,8050Às 15h40, queda de 1,67% a R$ 3,8122

Contas do governoA decisão do TCU complica as coisas, mas não é garantia de que um pedido de impeachment vai ser acatado, disse à Reuters o chefe da mesa de juros da corretora Icap, Arlindo Sá.

O parecer do TCU será enviado nesta quinta-feira ao Congresso Nacional, que tem a responsabilidade para aprovar ou não as contas do Executivo. A rejeição das contas pelo Legislativo pode dar força a um processo de impeachment contra a presidente por crime de responsabilidade fiscal.

A incerteza política vem afetando os juros e o câmbio intensamente nas últimas semanas. Agentes financeiros temem que a instabilidade provocada pelo eventual afastamento de Dilma assuste investidores estrangeiros e dificulte ainda mais a recuperação da economia brasileira.

Por isso, operadores ouvidos pela Reuters acreditam que, embora a decisão do TCU fosse amplamente esperada, a reação imediata do mercado deve ser negativa. Vamos sofrer. A interpretação de que a incerteza política está no preço não tem sido respeitada, disse o operador da corretora de um banco nacional.

Mas o mercado não acredita que a notícia deve levar o dólar a retomar a disparada que mostrou no fim do mês passado, quando encostou em R$ 4,25 no intradia e atingiu as máximas históricas.

Ainda tem muita água até que o impeachment seja uma certeza. Não é [a decisão do TCU] que vai fazer o mercado virar a chave e entrar em desespero, disse à Reuters o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional.

Cenário internacionalNo cenário externo, investidores adotavam cautela antes da divulgação da ata do Federal Reserve, banco central norte-americano. A perspectiva de que os juros dos Estados Unidos só devem subir no ano que vem ajudando mercados emergentes, pois sustentaria sua atratividade por pagarem rendimentos maiores.

Investidores insistem na busca por indicações mais firmes de quando a instituição iniciará o seu ciclo de aumento de juros, disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

O Banco Central brasileiro deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou US$ 3,069 bilhões, ou cerca de 30% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

VésperaNa quarta-feira, o dólar voltou a fechar em alta depois de três dias seguidos de queda, mas se manteve abaixo dos R$ 3,90.

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