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General fala em "intervenção" do Exército caso a Justiça não retire corruptos da "vida pública"

"ou as instituições solucionam o problema político, pelo Judiciário, ou então nós teremos que impor isso (intervenção)"

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Mourão: "ou as instituições solucionam o problema político, pelo Judiciário, ou então nós teremos que impor isso (intervenção)"

Foto: André ¿?vila / Agência RBS / Agência RBS

O polêmico general gaúcho Antonio Hamilton Mourão voltou a ser assunto nacional neste fim de semana após afirmar, em palestra realizada na sexta-feira (15), em uma loja maçônica de Brasília, que uma "intervenção militar" pode ser adotada no país caso o Poder Judiciário "não solucione o problema político" – a crise generalizada de corrupção nos altos escalões governamentais. Segundo Mourão, seus "companheiros do Alto Comando do Exército" entendem que essa "imposição não será fácil" e avaliam que ainda não é o momento para a ação, mas admitem que ela poderá ocorrer.

Natural de Porto Alegre, Mourão foi exonerado do Comando Militar do Sul, na Capital, em outubro de 2015, depois de fazer duras críticas públicas à então presidente, Dilma Rousseff (PT). À época, o general permitiu que ocorresse em Santa Maria uma homenagem de subordinados ao coronel Brilhante Ustra. Já falecido, Ustra é considerado um dos símbolos do regime militar (1964 a 1985) – nos "anos de chumbo", ele comandou o DOI-Codi do II Exército, em São Paulo, onde teriam morrido 45 prisioneiros. Como consequência, Mourão acabou transferido para Brasília, na função de secretário de Economia e Finanças do Exército, cargo burocrático que não lhe confere poder sobre efetivos armados.

Assista o vídeo da palestra:

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