Um estudante de 13 anos criou um dispositivo que descobre se um motorista está sob o efeito de drogas. Como? Analisando a dilatação de sua pupila.
A pupila filtra a quantidade de luz que sai do ambiente externo e entra na retina. Quando está muito claro, a pupila fica menor, mas quando está escuro, ela dilata e fica maior do que o normal.
Quando uma pessoa utiliza qualquer tipo de droga, a pupila passa a reagir de maneira diferente. Por exemplo, o álcool e alguns opióides fazem com que a pupila se contraia. Já o uso de cocaína, LSD e outros alucinógenos fazem com que ela se dilate.
Sabendo disso, o adolescente Krishna Reddy utilizou uma câmera digital, uma lanterna e um rolo de papel higiênico para saber, a partir da análise da pupila, quando uma pessoa está sob o efeito de drogas.
O aparelho funciona da seguinte forma: a lanterna é colocada na direção do olho e o rolo de papel higiênico direciona a luz para a pupila. Enquanto isto acontece, a câmera filma a pupila e um software (programado por Reddy) mede a sua dilatação.
Segundo Reddy, seu dispositivo é muito melhor do que a análise ao olho nu. A compressão da pupila acontece na escala de milímetros e milissegundos. Leva apenas um segundo de vídeo, após a luz ser direcionada ao olho, para fazer a detecção, explica o adolescente em um vídeo sobre o projeto.
Qual é a importância?Você deve estar pensando: Já existem outros meios de detecção, como o bafômetro e o exame de sangue. O bafômetro é, sim, um grande aliado. No entanto, ele detecta apenas quando um motorista está sob o efeito de álcool. Já o aparelho de Randy sabe quando alguém consumiu álcool e drogas.
O exame de sangue também pode ser eficiente. Porém, demora muito tempo para sair o resultado e é preciso o consentimento do motorista para que ele seja feito. Enquanto isso, o dispositivo de Reddy faz a análise em questão de segundos.
Desse modo, a tecnologia desenvolvida pelo adolescente pode ajudar a diminuir casos de acidentes de trânsito relacionados à embriaguez. Aliás, segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária, dirigir alcoolizado é a segunda causa de mortes no trânsito brasileiro.
Enquanto o aparelho não é comercializado, a pena para pessoas que dirigem sob o efeito de álcool no Brasil e provocam acidentes com morte é de quatro a oito anos de prisão.
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