Após o governo do estado decretar intervenção na concessão do aeroporto de Bonito, na região sudoeste de Mato Grosso do Sul, no dia 13 de setembro, a secretaria estadual de Infraestrutura (Seinfra) já executou obras de manutenção preventiva e corretiva da pista de pouso e agora aguarda autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para executar as obras necessárias para o pleno funcionamento operacional do local.
A intervenção foi decretada, segundo o governo do estado, porque a empresa que tem a concessão para a administração, operacionalização e manutenção do local, a Dix Empreendimentos Ltda, que tem sede em Recife (PE), não estaria cumprindo o contrato, no que se refere a obrigatoriedade de trabalhos de manutenção e recuperação da pista de pouso e decolagem.
A concessionária se pronunciou sobre o caso por meio de nota oficial, em que afirma que há mais de um ano vinha mantendo contato com o governo do estado sobre a situação e que teve a oportunidade de comprovar, por meio de documentos e parecer técnico, que a as obras de recuperação da pista são de responsabilidade do Executivo Estadual, tendo em vista que as más condições apresentadas são consequência de problemas estruturais com origem na construção da obra.
A Dix ressaltou ainda que quando assumiu a gestão do aeroporto, a pista já existia e já apresentava rachaduras e que a intervenção surpreendeu a empresa e era uma medida arbitrária e sem base legal no contrato de concessão.
Segundo o governo do estado, após a intervenção, a Seinfra fez as correções necessárias no pavimento da pista do aeroporto para garantir a operação de voos no local. Foi constatada que nos últimos 300 metros de um total de 2 mil da pista, o piso estava muito deteriorado, em situação crítica, o que representava risco de acidentes.
Foi feito um levantamento da situação, em conformidade com as normas operacionais, e de imediato o estado realizou um reparo emergencial na cabeceira da pista. Agora, aguardamos autorização da Anac para fazer todas as correções técnicas necessárias, eliminando qualquer situação de risco e considerando também novas demandas do aeroporto, explicou o coordenador de transportes aéreos da Seinfra e interventor do aeroporto, Fabrício Alves Correa.
Segundo Fabrício, a intervenção administrativa do Estado e a rápida ação para equacionar os problemas operacionais e estruturais do aeroporto cujas falhas terão desdobramento em novas tratativas com a empresa concessionária no cumprimento contratual -, foram necessárias também para dar suporte às empresas aéreas, as quais já anunciaram a ampliação de voos regulares e fretados para o destino turístico.
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