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Na Operação Quijaro, PF faz buscas e conduções coercitivas em MS

Operação foi contra o tráfico de drogas e lavagem ocorreu em três estados.Droga entrava no Brasil por meio de Puerto Quijaro, fronteira com Corumbá.

Delegado Elvis Secco falou em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (29), na delegacia da PF em Londrina (PR) (Foto: Wilson Kirsche / RPC)

A Polícia Federal (PF) cumpriu 5 mandados de busca e apreensão e 4 de condução coercitiva, em Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, na região oeste de Mato Grosso do Sul, durante as ações da Operação Quijaro, na manhã desta quarta-feira (29). A ação foi promovida para desarticular uma organização criminosa internacional de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que agia, além de Mato Grosso do Sul, no Paraná e em São Paulo.

A operação nesta quarta-feira mobilizou cerca de 150 policiais federais para o cumprimento de um total de 81 mandados judiciais, sendo 14 de prisão preventiva, 17 de busca e apreensão em imóveis, 43 de busca e apreensão de veículos e 7 de condução coercitiva. A iniciativa foi promovida simultaneamente em Londrina e Araucária (PR), Martinópolis, Presidente Prudente e São Paulo (SP), além de em Corumbá.

Segundo a PF, as investigações para desarticular a quadrilha começaram em janeiro de 2015. A cocaína da quadrilha era transportada em caminhões e carretas com fundos falsos especialmente preparados para o transporte da droga. O grupo, conforme os policiais, utilizava o transporte de cargas lícitas para driblar a fiscalização.

"Os compartimentos eram acionados por sistema hidráulico e eram muito bem feitos, tanto que parte das apreensões de cocaína só foram descobertas depois de passar por equipamento de raio-x", declarou. Para disfarçar a irregularidade, os caminhões transportavam cargas lícitas na tentativa de driblar a fiscalização. Para a Europa, por exemplo, os criminosos costumavam utilizar minério de ferro. Os caminhoneiros sabiam do esquema ilícito, segundo o delegado.

A Polícia Federal em cooperação internacional com a polícia boliviana, conseguiu realizar a prisão dos traficantes mais procurados daquele país, responsáveis pelo ingresso de 2 toneladas de cocaína por mês no Brasil.

Durante os trabalhos mais de 3 toneladas de cocaína foram apreendidas, cerca de US$ 10 milhões foram sequestrados do “Núcleo boliviano” da organização e foram identificados no Brasil os imóveis que eram utilizados como entrepostos para o carregamento, descarregamento e confecção de “fundos falsos”.

Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados, furto, roubo, homicídio e organização criminosa, com penas somadas que passam de 20 anos de prisão.

A denominação Operação Quijarro é uma referência ao fato de que a organização criminosa investigada efetuava o ingresso da cocaína no Brasil através da cidade de Puerto Quijarro, na Bolívia, fronteira com Corumbá.

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