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Recife tem 700 pontos estratégicos de monitoramento de Aedes aegypti

São áreas consideradas de maior risco de proliferação de mosquito. Por isso, inspeções são realizadas de acordo com calendário diferente.

Agentes do Recife vistoriam imóveis para erradicar focos de mnosquito (Foto: Reprodução / TV Globo)

 Recife tem, atualmente, 700 pontos estratégicos de monitoramento de infestação por Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika. São locais de maior risco de proliferação do mosquito. Entre eles estão oficinas mecânicas, terrenos baldios, construções, locais de acumulação de pneus, casas abandonadas e até cemitérios. Nessas áreas, a atenção é redobrada e as inspeções devem seguir um calendário especial.

Nos pontos estratégicos, as equipes de vigilância ambiental fazem visitas a cada 15 dias. Nas demais áreas da cidade, as inspeções ocorrem de dois em dois meses. Por causa da necessidade de impedir a proliferação do mosquito nesses locais, a capital tem uma equipe para cuidar exclusivamente desses locais, principalmente nos fins de semana.

No último fim de semana, por exemplo, os agentes inspecionaram locais que nem sempre são alvo de ações de limpeza. Eles estiveram em garagem de ônibus, no Ginásio de Esportes Geraldão, na Imbiribeira, na Zona Sul,  em uma delegacia e vistoriaram os telhados dos banheiros públicos da orla de Boa Viagem.  

A secretária executiva de Vigilância à Saúde, Christiane Penaforte, esclarece que essas áreas estratégicas exigem um trabalho específico. “Visitamos terrenos baldios e casas abandonadas.  Procuramos os donos, emitimos três avisos e, caso não seja possível fazer a vistoria, acionamos os chaveiros. Nos últimos meses, temos encontrado mais facilidade para localizar os donos desses espaços”, afirmou.

Atualmente, o Recife tem um índice de infestação de 1,6, de acordo com o o último Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). No início do ano, o índice foi de 1,1, o menor da década. Há dez anos, o número chegou a 3,4%.

Para elaborar o LIRAa, produzido de dois em dois meses, cada município é dividido em grupos 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Desses, 450 são visitados. Os estratos são classificados de acordo com o índice de infestação: inferior a 1% (condições  satisfatórias), entre 1% e 2,5% (risco médio) entre 2,6% e 3,9% (condição de alerta)  e superior a 4%  (risco de surto).

Mesmo considerando um índice satisfatório, Christiane Penaforte alerta que é necessário redobrar os cuidados, principalmente, nesta época do ano. Para ela, o combate ao mosquito é uma luta diária e muito grande.

“Estamos em um bom momento, pois não temos muita chuva.  Só que é a hora de preparar as casas, limpar os terrenos e fazer faxina para  deixar tudo certo para as chuvas do verão, que começam em dezembro”, declarou.

ArbovirosesSegundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na terça-feira (16), o estado já conta com 46 óbitos cujos resultados laboratoriais tiveram resultados positivos para a doença. Ao todo, foram 79 mortes por doenças transmitidas pelo Aedes aegypti confirmadas este ano.

A capital pernambucana concentra o maior número de mortes por chikungunya em Pernambuco. Entre os dias 3 de janeiro e 13 de agosto, foram contabilizados 17 óbitos somente no Recife.

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