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Satélite da Nasa mostra evolução da lama na foz do Rio Doce, no ES

Registros foram feitos desde o rompimento até esta segunda-feira (30).Área total atingida pelos rejeitos é de 80 km2, segundo o Ibama.

Satélite da Nasa mostra evolução da lama no Rio Doce (Foto: Reprodução/ WorldView Nasa)

A lama que se espalhou pelo Rio Doce e alcançou o mar a partir do balneário de Regência, em Linhares, Norte do Espírito Santo, mais que dobrou de tamanho nos últimos três dias, e atingiu uma área total de 80 km2. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), nesta terça-feira (1). Imagens de satélite da Nasa mostram a evolução da lama no Rio Doce até a foz.

O Ibama também informou que a extensão dos rejeitos estão a 5,7 km no Litoral Norte, a 17,9 km para o Sul, a 1,6 km mar adentro e a 4,14 km para o Litoral Sul.

No sábado (28), a Samarco divulgou que após o sobrevoo realizado na sexta-feira, a mancha estava bem menor, com 26,7 km2, e seguia para o Norte do estado. Os dados foram coletados por “uma empresa especializada em aerolevantamento e georreferenciamento contratada pela Samarco”, segundo o boletim.

Outro exemplo veio da divulgação, pelo Tamar, de que a mancha já teria atingido o litoral de Aracruz, no domingo, o que foi negado pelo Ibama.

São por esses desencontros que, nesta segunda-feira (30), foi realizada uma reunião entre todos os órgão públicos - Iema, Ibama, ICMBIO, Projeto Tamar –, com a presença dos representantes da Samarco.

De acordo o Ibama, as divergências aconteciam porque os métodos de avaliação da dispersão da lama eram distintos. O que já mudou a partir desta terça, quando todos passaram a fazer o monitoramento por observação, em sobrevoos na área atingida pela lama, com medições por GPS.

Duas equipes farão os sobrevoos, duas vezes por dia, em direções diferentes. Não há um cronograma de quem fará o monitoramento. Segundo o Ibama, é a partir das informações que coletam que checam as informações fornecidas pela Samarco.

Imagens de satéliteO satélite da Nasa mostra as imagens de antes e depois da chegada da lama no Rio Doce. No registro, de 5 de novembro é possível ver o leito do rio ainda seco. Já na última imagem atualizada no site, desta segunda-feira (30), a lama é percebida ao longo do rio e na foz, em Linhares.

Satélite da Nasa mostra evolução da lama no Rio Doce (Foto: Reprodução/ WorldView Nasa)

Marinha encontra vida em lama no litoral Pesquisadores que monitoraram a lama no mar encontraram vida nas amostras coletadas na última quinta-feira (26), no litoral de Linhares. Os resultados preliminares, apresentados nesta ssegunda, apontam a presença de plâncton vivendo em meio a água com sedimentos.

O monitoramento ocorre através do Navio Hidroceanográfico de Pesquisa Vital de Oliveira (NPqHo). O plâncton é constituído por organismos incapazes de manter sua distribuição sem a movimentação de água. Durante a pesquisa, foi encontrado fitoplâncton (microalgas) e zooplâncton (animais).

Lama de rejeitos de mineração da Samarco, na foz do Rio Doce (Foto: Marcello Lourenço/ Arquivo Pessoal)

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