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Uma em cada cinco crianças tem problemas de visão

O novo ano escolar está mesmo quase a começar e a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alerta para a importância da detecção precoce dos problemas visuais das crianças. Maria João Quadrado, presidente da SPO, recomenda a realização de rastreios visuais aos três anos de idade e antes do início do ano escolar.Pedro Menéres, membro da Direcção da SPO, afirmou num comunicado que sendo os erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo) os problemas oculares mais frequentes nesta faixa etária, a ambliopia (ou olhos preguiçosos) e o estrabismo acabam por ser os mais graves. É que a ampliopia, por exemplo, não pode ser tratada depois dos sete, oito anos de idade, alerta Catarina Paiva, coordenadora do Grupo Português de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. Estima-se que cerca de uma em cada cinco crianças em idade escolar tenha défices de função visual provocado por uma destas patologias e nem todas recebem a ajuda que merecem.O especialista da SPO alertou que pode acontecer um olho ver bem e o outro ser amblíope ou quase cego e tudo pode passar despercebido até ao dia do rastreio. Ou seja, uma criança apenas com um olho bom pode não notar qualquer diferença, pois nunca foi alertada para tal.Nem sempre é fácil para os pais, familiares e educadores reparar na falta de visão de uma criança, mas Pedro Menéres avisa que alguns sintomas passam por: aproximar-se em demasia e constantemente às coisas para ver melhor, fechar ou tapar um dos olhos, erros na escrita, comichão, dores de cabeça, olhos vermelhos ou lacrimejantes e estarbismo ou fotofobia (dificuldade em suportar a luz). Para o oftalmologista, a situação ideal devia passar por criar um programa nacional de rastreio, de forma a evitar a ambliopia em todas as crianças a partir do primeiro ano de idade.

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