Levantamento feito pela rede de hipermercado Extra revela que ladrões levaram quase R$ 200 mil, em aparelhos eletrônicos, em furto que ocorreu na madrugada da segunda-feira (20), no estabelecimento localizado na Rua Maracaju, no centro de Campo Grande. Inicialmente, a estimativa era de que o prejuízo tivesse sido de R$ 100 mil.
Imagens do sistema de segurança que têm duração de três horas mostram como foi a ação criminosa. De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), onde o caso é investigado, dois ladrões entraram à tarde, ainda durante expediente do hipermercado, e permaneceram até o fechamento, à meia-noite, para agir.
“Entraram por uma porta lateral, como se fossem clientes. Foram para área ampla de acesso à sala onde ficam guardados os eletrônicos, mas na entrada há várias pilhas de pneus. Montaram barreira com esses pneus para se esconder e ficaram até o supermercado fechar”, disse o delegado.
Ainda conforme a autoridade policial, quando já não havia mais ninguém, os criminosos foram ao departamento de cama, mesa e banho, pegaram dois lençóis para colocar as mercadorias, carrinho de compras, foram até a sala que é chamada ''Alto Risco'', justamente por abrigar produtos de altos valores, e arrombaram quatro cadeados. “O alvo foram celulares. “95% do que foi levado foram smartphones. Apenas alguns tablets”, completou Salomão.
SISTEMA DE SEGURANÇA
O delegado explica que o sistema de segurança do hipermercado é preventivo. Ou seja, há um vigilante no local, mas que fica em sala monitorando câmeras. “É comum atualmente esse método para evitar excessos. Se percebem algo suspeito, chamam a polícia”, disse.
Por volta da 1h30min, o segurança viu os dois ladrões ainda dentro do hipermercado e acionou policiais militares. Apesar do cerco, os criminosos conseguiram pular muro e fugir com comparsa que os esperava na rua em carro Fox. Dois tiros foram disparados contra o veículo, mas a fuga não pôde ser evitada. Dos dois lençóis lotados com mercadorias, apenas um foi levado e o prejuízo calculado em R$ 197,9 mil.
Conforme Salomão, criminosos estão modificando a modalidade de furto a telefones celulares. “As policias estão aumentando a repressão a esse tipo de crime em vias públicas, mas os alvos estão mudando. Na semana passada teve uma ação semelhante em outro grande supermercado da cidade, mas três foram presos e nada chegou a ser levado. Portanto, a nossa orientação é que as empresas invistam em melhor segurança para não se tornarem vítimas comuns”, pontuou o delegado.
Segundo Salomão, produtos novos valem mais. “Vendem a preço de mercado. Por exemplo, um aparelho que custa R$ 300 usado e novo vale R$ 1,5 mil, é por este maior valor que vão vender. O repasse poderá ser feito tanto para comércios pequenos em bairros quanto para pessoas particulares”, finalizou. Apesar de a polícia ter suspeitos, nenhum envolvido no crime foi preso por enquanto.
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