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Ex-vereador envolvido em escândalo sexual deixa a cadeia e acusa Bueno de golpe

Robson Martins ficou mais de 40 dias preso em Campo Grande

O ex-vereador e advogado Robson Leiria Martins deixou o Centro de Triagem Anízio Lima, no Jardim Noroeste, por volta das 18h40 horas desta quinta-feira (28). Ele foi preso por suspeita de envolvimento em um esquema de prostituição de adolescentes, com a finalidade de extorquir políticos. Na saída da cadeia, o ex-vereador negou envolvimento no esquema de extorsão e acusou o também ex-vereador Alceu Bueno de “golpe político”.

Martins pediu perdão à mãe e ao irmão por conta da situação e agradeceu ao advogado de defesa José Roberto Rosa. O ex-vereador disse que o caso se trata de um golpe e que nunca esteve envolvido no esquema de extorsão. Ele afirmou que foi ao supermercado acompanhar Bueno como advogado e não para extorquir.

O ex-vereador disse ainda que não conhece Fabiano Viana Otero, apontado como mentor do esquema de prostituição. Questionado sobre o motivo de ter o nome envolvido em um escândalo sexual com adolescentes pela segunda vez, ele garantiu que “Como na primeira vez ficou provado que era injustiça, ele vai provar que é outra injustiça”.

Martins esteve detido na Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos) e no Centro de Triagem. Na tarde desta quinta, ele conseguiu a liberdade provisória em julgamento na 3ª Câmara Criminal. Dos três desembargadores, um votou pela negativa dos pedidos de liberdade provisória e de prisão domiciliar. O outro, pela liberdade provisória e o terceiro, para que ele cumpra pena em regime domiciliar. Prevaleceu o mais benéfico ao preso.

Exploração sexual

O ex-vereador está preso desde o dia 17 de abril. Ele foi flagrado no estacionamento de um supermercado extorquindo R$ 15 mil do então vereador Alceu Bueno (sem partido, ex-PSL). O dinheiro seria para impedir a divulgação de vídeos nos quais aparecia praticando sexo com adolescentes.

O vídeo seria parte de um esquema de exploração sexual das jovens, que registravam os encontros com figuras públicas em câmeras escondidas. O conteúdo, em seguida, seria usado como meio de chantagem para extorquir os ‘clientes’.

Após a revelação do caso, que chegou ao conhecimento da polícia, Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador. Além dele, o ex-deputado estadual Sérgio Assis (sem partido, ex-PSB) também foi indicado por favorecimento à exploração sexual no caso.

Com Robson Martins foi preso o empresário Luciano Pageu, dono de uma revista direcionada ao público evangélico. Outro apontado como envolvido no esquema e já preso é Fabiano Viana Otero, que fez acordo de delação premiada com a Justiça para entregar outros supostos participantes no caso – a investigação corre sob sigilo. Otero seria o responsável por articular os encontros. 

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