Leilão de unidades industriais dos Armazens  da Cooagri arremata R$ 60,8 milhões

O leilão de bens da Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cooagri), em Mato Grosso do Sul, liquidada em 2009, arrecadou R$ 60,8 milhões, de acordo com a empresa Canal de Leilões, que realizou os remates.

Do total dos R$ 60,8 milhões, R$ 23,6 milhões foram levantados no primeiro certame, realizado em 16 de julho, e R$ 37,2 milhões correspondem ao segundo remate, encerrado há pouco.

As unidades operacionais, que incluem armazéns, silos e outras benfeitorias, foram divididas em 18 lotes espalhados pelo sul do Mato Grosso do Sul – avaliados inicialmente em mais de R$ 78 milhões (apreço de leilão).

Os lotes mais valorizados foram arrematados por R$ 12,4 milhões (Maracaju) e R$ 6,5 milhões (RioBrilhante).

No primeiro leilão dos bens da cooperativa agrícola, que foi a maior do Estado até 2008 e tinha sede em Dourados, foram compradas unidades em Bonito, Douradina, Itahum, Jardim, Rio Brilhante, Vista Alegre e Piqui.

Já no leilão encerrado nesta terça-feira, que contou com os lotes 30% mais baratos, as unidades de Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã, Laguna Caarapã, Jardim, Montese, Indápolis e Caarapó foram adquiridas.

Apesar de fazerem parte da massa falida da antiga cooperativa, todos esses bens estão em atividade, pois foram arrendados para outras cooperativas ? principalmente do Paraná ? e para empresas cerealistas.

A Cooagri , que já tinha passado por um processo de autoliquidação extrajudicial no fim dos anos 1990, entrou novamente em crise em 2008. As dívidas da cooperativa somavam R$ 241,8 milhões e os bens eram avaliados em R$ 90 milhões, conforme informou o Valor em 2009. Entre os ativos mais importantes da Cooagri estavam 18 armazéns, com capacidade estimada de armazenagem de 1,5 milhão de toneladas. Em 2008, a cooperativa chegou a movimentar entre 30% a 40% da produção agrícola de Mato Grosso do Sul.

Outros imóveis não operacionais da Cooagri , como terrenos e imóveis rurais, também serão leiloados, em outra etapa. Eles foram avaliados em cerca de R$ 10 milhões, mas a Justiça ainda não determinou a alienação dos bens.