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Morte brutal de menina causa comoção e para toda uma cidade

(Foto: Marcos Ermínio)
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  • Suspeito de matar enteada de 2 anos diz que ingeriu bebidas alcóolicas
  • Preso acusado de estuprar e matar enteada de dois anos

A morte brutal de uma menina, de 2 anos, ontem (18), em Campo Grande, gerou comoção e parou Bandeirantes, a 70 quilômetros da Capital. A cidade é a terra natal da mãe da criança e local onde a bebê está sendo velada, nesta sexta-feira (19). Até as escolas do município fecharam às portas em sinal de luto.

A atitude foi em consideração a avó materna da menina, que é funcionária de um Ceinf (Centro de Educação Infantil) de Bandeirantes. “Estamos chocados, a cidade está de luto e as escolas nem abriram”, contou a dona de casa, Ivanir Suriano, de 58 anos. Ela é nora da irmã da mãe da bebê.

Entre os mais abalados, estão justamente a mãe e avó da menina. A mãe voltou a passar mal, desmaiou e precisou ser encaminhada à unidade de saúde de Bandeirantes. Ela está grávida. Já a avó materna não sai de perto do corpo e chora muito, ao lado da tataravó da criança, uma senhora de mais de 100 anos.

Tio da mãe da criança o pedreiro Valmir Vilhalta, de 50 anos, contou que, desde o início, a família não aprovou o relacionamento da sobrinha com Fernando Floriano Duarte, 33 anos, acusado de estuprar e matar a menina.

“Contra a nossa vontade, ela foi para Campo grande e acabamos perdendo o contato. Em um churrasco de família, ela veio a Bandeirantes com o companheiro. Ele bebeu demais e fez fiasco”, relatou.

Preocupada com a atitude de Fernando, segundo Valmir, a família se posicionou contra o relacionamento. “Mas ela voltou para Campo Grande, sumiu e voltamos a perder o contato”, emendou. “O que aconteceu foi uma grande monstruosidade, porque ela não clamou para a mãe, podíamos ter evitado”, completou.

O crime - Fernando foi preso logo depois do crime e, ouvido na delegacia, negou ter agredido ou estuprado a menina e o enteado de 6 anos, que também possui hematomas pelo corpo. Ele disse que estava limpando o jardim da casa onde vivia com os enteados e a mulher, mãe das crianças, quando a menina de 2 anos chegou e o atrapalhou. Ele contou à polícia que mandou a criança ir para dentro da casa, foi aí, segundo ele, que a menina teria tropeçado e batido a cabeça no sofá.

Essa é a justificativa do suspeito para o grande hematoma encontrado na parte de trás da cabeça da menina. No entanto, os levantamentos iniciais da perícia dão conta de que há vários hematomas nos braços da criança. O enteado de 7 anos contou aos policiais que também foi agredido. Depois do crime, o homem trocou de roupa, saiu de casa foi até um bar beber e ainda raspou a cabeça.

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