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Puccinelli tenta última cartada para mostrar força sobre Assembleia e contrariar Azambuja

Os deputados do PMDB vão fazer uma reunião antes da sessão desta quinta-feira (18), última do ano, para tentar chegar a um acordo que satisfaça os interesses do governador André Puccinelli (PMDB). Isso porque o governador tenta dar a última cartada e manter o controle sobre a Assembleia, que teve nos oito anos.

Acostumado a aprovar o que bem entendeu na Assembleia, com raríssimas exceções, o governador não engoliu o veto a três projetos enviados no final de ano e pediu para os peemedebistas chantagearem o grupo de Reinaldo Azambuja (PSDB).

A chantagem consiste no fato de Puccinelli ter orientado os deputados do PMDB a não votarem a reforma administrativa de Azambuja se não contribuírem para aprovação de três projetos considerados polêmicos: criação de dez cargos na Agepan (Agência de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul), destinação de recurso do fundo de compensação para o Aquário do Pantanal e a mudança de nomenclatura dos fiscais de renda e agentes tributários.

A confusão é maior porque basta um não de alguma liderança para que os projetos não sejam votados. Isso acontece porque todos os projetos chegaram em cima da hora e dependem de acordo de liderança para ir à votação. Se um deputado não concordar, o projeto fica só para fevereiro de 2015.

Mesmo que PSDB e PMDB entrem em acordo, eles terão que convencer o PT e deputados que não estão dispostos a aprovar, principalmente, os recursos para o Aquário do Pantanal. Eles entendem que o pedido deve ser feito por Azambuja, após a conclusão da auditoria na obra.

O líder do PROS na Assembleia, deputado Osvane Ramos, já deixou claro que não aceita aprovação e pressão do governo. “Já tenho minha posição definida. Não vou votar. Não faço acordo. Se estabelecerem isso vão quebrar todas as regras que sempre adotamos. O que não há consenso, tira. 

Estão tentando condicionar. Faz parte do jogo do governo. Mas, acredito que vão voltar atrás. Não vão usar deste artifício”, avaliou. O deputado afirma que não foi convidado para reunião com a base do governo, mas espera a mudança de atitude. “O governo vai ter maturidade e a gente o bom senso na hora da votação”, concluiu.

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