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Na capital, Bombeiros são suspeitos de favorecer empresas na liberação de licenças

O Ministério Público do MS abriu inquérito civil para apurar denúncia de improbidade administrativa na diretoria do Corpo de Bombeiros

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Divulgação

O Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul abriu inquérito civil para apurar denúncia de improbidade administrativa na diretoria do Corpo de Bombeiros responsável pela aprovação de projetos de segurança preventiva de incêndios em Campo Grande e Dourados, a 233 km da Capital.

Segundo Humberto Lapa Ferri, promotor da 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Comarca de Campo Grande, serão apuradas acusações de favorecimento ilícito e tráfico de influência para a aprovação de projetos em desconformidade com a lei.

A denúncia foi feita à Promotoria por meio de sua ouvidoria, pela dona de um hotel na região central da Capital, em setembro do ano passado. Segundo ela, coronéis aposentados da corporação utilizariam de prestígio e fácil acesso à administração para “aprovar a toque de caixa” e sem a devida vistoria adequada projetos de segurança de empreendimentos de amigos e colegas.

Na denúncia inicial, a empresária relata que, enquanto aguardava desde junho parecer para a renovação da licença de seu hotel, projetos de condomínios residenciais e postos de gasolina, por exemplo, eram liberados no mesmo dia em que o pedido era protocolado, sem possuírem itens obrigatórios previstos e exigidos, como saídas de emergência e hidrantes.

“Quando nós, profissionais comuns, solicitamos reuniões com os responsáveis pelos projetos do setor e sempre recebemos a negativa, para alguns o acesso aos responsáveis é livre”, revelou a denunciante.

Na ocasião, os Bombeiros responderam as solicitações feitas pela promotoria no então Procedimento Preparatório em novembro. O texto explica cada caso citado nominalmente pela denunciante e diz que, naquela ocasião, o prazo médio para resposta do setor citado era de 40 dias.

Desde então, no entanto, não houve mais contado da corporação com o MPE para responder solicitações, motivando a abertura do inquérito, após o prazo inicial para que fossem dadas explicações vencer em fevereiro e ser prorrogasdo por mais 90 dias.

O Campo Grande News pediu um posicionamento dos Bombeiros e da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), mas não obteve resposta até a conclusão deste texto.

(Colaborou Richelieu de Carlo

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