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Só após rede nacional, MPE diz que vai investigar propina para ex-chefe da Casa Civil

Vídeo mostra empresário pagando R$ 30 mil a suposto emissário de secretário

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Divulgação

O MPE (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) emitiu nota informando que abriu procedimento preparatório na Procuradoria-Geral de Justiça para investigar suposta cobrança de propina por parte do ex-chefe da Casa Civil de Mato Grosso do Sul, Sérgio de Paula.

De acordo com o texto, a PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) diz que o procedimento a ser instaurado vai promover ''a colheita de elementos de prova para a elucidação dos mencionados fatos e responsabilização dos eventuais envolvidos''.

Reportagem do Fantástico, da TV Globo, mostrou trechos de um vídeo onde um suposto enviado do secretário Sérgio De Paula cobra suposta propina para reaver incentivos fiscais a um curtume e a um frigorífico de Mato Grosso do Sul.

As imagens mostram um dos empresários entregando um envelope com R$ 30 mil para José Ricardo Guitti, conhecido como ''Polaco'', que teria sido enviado por Sérgio De Paula.

O caso

José Berger, dono de fábrica que processa couro de gado, afirmou que teve as atividades de seu frigorífico suspensas em novembro e procurou o governador Reinaldo Azambuja para tratar sobre o assunto. Azambuja o teria encaminhado para Sérgio De Paula. Já De Paula, indicou um mensageiro, José Ricardo Guitti, conhecido como Polaco.

Berger conta que em novembro teria entregue duas R$ 250 mil a Polaco, no que após os pagamentos a licença teria sido aprovada. Berger afirma que quem receberia o dinheiro no final seria Sérgio de Paula. “Segundo o mensageiro, ele autorizou a fazer o acerto. Foi com o aval dele”, diz Berger.

Já o empresário Benício Tangerino, dono de um frigorífico, teria negociou diretamente com De Paula, em seu gabinete na Governadoria. Segundo a reportagem, R$ 300 mil teriam sido entregues dentro de uma mala. Mesmo após o pagamento as extorsões teriam continuado.

O governador Reinaldo Azambuja afimou à reportagem do Fantástico que “os empresários são sonegadores” e que “comprovadamente fazem emissão de nota fria” para escapar do pagamento de impostos. Segundo o governador, o “estado identificou e cancelou incentivo” dado às empresas em gestões passadas. Azambuja disse ainda que, “quanto ao vídeo, cada um vai responder” por suas ações.

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