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Dólar cai a R$ 3,20 com ação do BC, na contramão do exterior; Bolsa recua

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Divulgação

O real destoa da maior das parte moedas e tem a maior valorização ante o dólar nesta quinta-feira (19). A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, caía há pouco 0,41%, a R$ 3,2091. O dólar comercial, usado em contratos de comércio exterior, recuava 0,31%, a R$ 3,2090.

O câmbio doméstico reage à ampliação da atuação do Banco Central. A autoridade monetária elevou nesta sessão a rolagem diária de contratos de swap cambial tradicional com vencimento em fevereiro de 12 mil (US$ 600 milhões) para 15 mil (US$ 750 milhões).

A operação equivale à venda futura de dólares ao mercado, e a renovação de contratos que vencem no início de fevereiro começou na última terça-feira (17).

De acordo com analistas da Guide Investimentos, caso mantenha esse novo ritmo, o BC conseguirá fazer a rolagem integral desses contratos até a próxima quarta-feira (25).

No exterior, a maior parte das moedas recua ante o dólar, diante da cautela dos investidores em relação ao governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que assume nesta sexta-feira (20).

"O BC está provendo liquidez para o mercado, mas pode estar se preparando para um movimento mais forte de valorização do dólar, com possíveis reações ao discurso da posse de Trump", diz a Guide, em relatório.

O dólar sobe mundialmente também por causa de indicadores recentes que mostram a força da economia americana. No final do pregão desta quarta-feira (18), o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) divulgou o chamado "Livro Bege".

Conforme o documento, que reúne dados econômicos regionais coletados pelo BC dos Estados Unidos, a melhora do setor industrial, a escassez de mão de obra e o crescimento do investimento do setor privado têm mostrado a saúde da economia americana e formaram o cenário para o Fed elevar os juros em dezembro.

Também no fim da tarde desta quarta-feira, a presidente do Fed, Janet Yellen, afirmou durante um evento que a demora para elevar as taxas de juros pode gerar riscos para a inflação.

Investidores esperam uma aceleração no ritmo de aumento dos juros americanos durante o governo Trump, que planejaria elevar os gastos públicos e reduzir impostos para impulsionar a economia do país.

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