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Dólar sobe mais de 1% com menor oferta, formação de taxa e exterior

Segundo analistas, o real se desvaloriza por uma conjunção de fatores internos e externos.

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Divulgação

O dólar opera em forte alta ante o real nesta sexta-feira (31). A moeda americana à vista subia há pouco 1,20%, a R$ 3,1717. É a maior cotação em três semanas.

Segundo analistas, o real se desvaloriza por uma conjunção de fatores internos e externos.

O Banco Central realiza nesta sexta-feira (31) leilão de renovação de linha -venda de dólares com compromisso de recompra- no montante de até US$ 2 bilhões, menos da metade do valor que vence na próxima terça-feira (4), de US$ 4,4 bilhões. Ou seja, US$ 2,4 bilhões serão retirados do mercado.

No caso dos contratos de swap cambial -equivalentes à venda futura de dólares- sairão de circulação outros US$ 4,2 bilhões.

Entre o dia 16 de março até esta quinta-feira (30), o BC fez a rolagem de US$ 5,5 bilhões de contratos de swap cambial, de um total de US$ 9,7 bilhões que vencem na segunda-feira (3).

Desta forma, serão enxugados do mercado US$ 6,6 bilhões no início de abril.

De acordo com Ricardo Gomes da Silva, superintendente de câmbio da corretora Correparti, a surpresa foi a renovação parcial da linha de venda de dólares com compromisso de recompra. "O montante que sairá do mercado por causa da redução do estoque de swaps cambiais do BC já estava prevista", explica.

A formação da Ptax (taxa calculada pelo BC e que serve de referência de vários contratos cambiais) desta sexta-feira, último dia do mês, também pressiona o real. De acordo com Gomes da Silva, estão prevalecendo as posições compradas, ou seja, as daqueles investidores que esperam a alta da moeda americana.

No exterior, o dólar ganha frente à maior parte das moedas, com o ambiente de maior aversão ao risco e de queda de commodities.

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