Buscar

Petróleo fecha em queda, com dólar mais forte e de olho em produção global

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, 2, com um dólar mais forte e dados apontando para a crescente produção global.

Cb image default
Divulgação

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em queda de 2,11%, a US$ 50,58 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para dezembro recuou 1,18%, a US$ 56,12. Com isso, o WTI fechou no menor nível desde 21 de setembro, de acordo com a FactSet.

Os investidores estão cada vez mais preocupados com uma recente pesquisa da agência Reuters a qual aponta para uma queda no nível de conformidade do acordo de corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), para 86%. “Uma pesquisa que sugere uma queda na conformidade do pacto definitivamente pode mexer com os preços da commodity”, disse o vice-presidente sênior da Herbert J. Sims & Co, Donald Morton, que supervisiona uma mesa de energia.

Morton afirmou que os números da Opep viraram um catalisador já que os resultados anteriores do petróleo sugeriam que o mercado poderia estar propenso a uma realização de lucros.

Diversos países, como Arábia Saudita e Angola, suportaram o peso dos cortes, enquanto outras nações, como Emirados Árabes Unidos, Equador e Iraque se comprometeram pouco com o pacto, cumprindo apenas 30%, de acordo com analistas.

“A fraca disciplina dentro da Opep e as isenções dadas para Líbia e Nigéria devem significar, na nossa opinião, que os estoques da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) não cairão tão rápidos quanto o esperado”, disseram analistas do Commerzbank.

Além disso, o dólar mais forte também teve impacto nos preços. Sendo cotado na moeda americana, o petróleo tende a ficar mais caro quando o dólar sobe, atraindo menor interesse por parte de investidores que operam em outras divisas. “Não é surpreendente ver alguns investidores retirarem as fichas devido ao dólar mais forte e à maior produção nos EUA”, afirmou o diretor de pesquisa de commodities do Commerzbank, Eugen Weinberg. Fonte: Dow Jones Newswires.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.