Publicado em 02/12/2016 às 14:30, Atualizado em 02/12/2016 às 16:57

Tragédia com Chapecoense coloca Lamia e sistema de tráfego aéreo boliviano em xeque

País determina suspensão das operações da companhia, suspeita de voar sem seguir os protocolos de segurança; executivos da agência estatal de Aviação Civil foram afastados.

G1,
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Divulgação

Após a tragédia com o avião que levava Chapecoense e jornalistas, a companhia aérea Lamia entrou na mira das autoridades bolivianas.

Suspeita de voar sem seguir os protocolos de segurança, a empresa teve suas operações suspensas menos de 72 horas após o acidente na Colômbia.

A pane seca é apontada pelas autoridades locais e especialistas como a causa mais provável do acidente que matou 71 pessoas na terça-feira.

A falta de combustível teria levado à pane elétrica nos motores, que acabaria por derrubar a aeronave a apenas cinco minutos do aeroporto de Medellín.

A imprensa local informou que o piloto, Miguel Quiroga, havia sido alertado antes de decolar do aeroporto boliviano de Santa Cruz do risco da falta de combustível para completar a viagem.

De acordo com o jornal El Deber, uma funcionária da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea) teria dito a Quiroga que o tempo de voo era igual à autonomia de combustível da aeronave.

O piloto teria a opção de reabastecer em Bogotá, segundo as autoridades, mas decidiu continuar até Medellín.

A gravação do diálogo entre ele e a torre de controle do Aeroporto José María Córdoba mostra que Quiroga comunicou uma emergência por combustível às 21h57 (horário local) e, oito minutos depois, uma "pane elétrica".