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Aplicativo abre vaga de trabalho para 4 mil motoristas em 8 cidades

Cadastro de interessados começa nesta segunda-feira

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Divulgação

A empresa 99 começa a operar em Campo Grande no final deste mês e a partir de segunda-feira (9) vai começar a cadastrar motoristas. Ela espera ter até 4 mil pessoas prestando serviço em sua base de dados.

Esse número é cerca de quatro vezes maior que o total de pessoas que trabalham pela Uber, aplicativo de serviço de transporte privado individual de passageiros, e bem acima dos 1.386 que atuam entre táxi e mototáxi a partir de alvarás, que hoje são de 707 na cidade.

A startup nacional informou que vai cobrar taxa de 19,99% dos motoristas, enquanto o outro aplicativo cobra até 25% por corrida. Também divulgou que os pagamentos vão ser feitos em até cinco minutos depois do serviço prestado.

"O app da 99 é o primeiro de mobilidade urbana a permitir que o condutor desabilite a opção de pagamento em dinheiro, o que aumenta a segurança em corridas”, defendeu Ana Carla Lopes, gerente regional de relações públicas da 99.

"Além disso, temos sistemas que alertam os motoristas sobre regiões com grande número de incidentes e estamos formando comitês especiais para assegurar que a 99 ofereça sempre as melhores soluções aos usuários", elencou a gerente regional sobre vantagem prometida aos motoristas.

Para garantir que o número de motoristas não seja inflado e que esteja acima da demanda de corridas, o aplicativo informou que vai atender Campo Grande, Bandeirantes, Corguinho, Jaraguari, Rio Negro, Rochedo, Sidrolândia e Terenos.

Segundo a gerente regional, a proposta é conseguir ter um mercado de 1 milhão de habitantes. “Para quem quiser se cadastrar como motorista POP, é uma oportunidade de ampliar a renda, enquanto para os passageiros é mais uma opção de transporte rápido, confortável e com o melhor preço entre os carros particulares", afirmou Ana Carla Lopes.

O cadastro vai exigir que o motorista inclua sua carteira nacional de habilitação (CNH) com a autorização de EAR (Exerce Atividade Remunerada). Ainda vai ser preciso apresentar o certificado de registro e licenciamento de veículo (CRLV) e comprovante de residência.

Também é preciso ter carro com data de fabricação a partir de 2010, possui ar condicionado e ser quatro portas. A empresa divulgou que vai ofertar cursos de preparação.

De acordo com a assessoria de imprensa da startup, a tarifa base será de R$ 2,38, sendo a mínina a ser paga de R$ 4,75. Por quilômetro rodado, o passageiro pagará cerca de R$ 1,05 e o minuto sai a R$ 0,14.

"Temos uma tarifa pelo menos 5% mais barata que os outros aplicativos semelhantes", destacou a gerente regional.

O aplicativo pode ser baixado nas lojas do Google Play e na App Store. Para quem quiser informações, a empresa explicou que será instalado um Centro de Atendimento e Treinamento em Campo Grande, que vai ficar na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, 1396, no Centro da Capital.

HISTÓRICO

No Brasil, a 99 mantém cerca de 300 mil motoristas e tem 14 milhões de usuários registrados em mais de 400 cidades.

O 99POP, com carros particulares já funciona em dez cidades, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Salvador.

Já o 99TÁXI está presente em todo o País e pode circular nos corredores de ônibus. O aplicativo ainda tem o Modo Desconto, que oferece táxis com valores até 30% mais baixos. Há ainda o 99TOP, que é um serviço premium de táxis de luxo. Mais informações pelo www.99taxis.com.

DECRETO SUSPENSO

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul entendeu que o decreto municipal que colocava uma série de regras para o funcionamento da Uber e outros serviços de transporte privado individual de passageiros em Campo Grande invadiu competência da União e manteve a suspensão da legislação.

A decisão dada pelo desembargador Eduardo Machado Rocha, hoje, garante que motoristas do serviço permaneçam trabalhando. São mais de 1 mil pessoas que estão cadastradas na plataforma para atuarem em Campo Grande.

O decreto do prefeito Marcos Trad (PSD) de nº 13.157/2017 exigia que quem não atendesse às regras previstas teria que deixar de atuar na cidade.

O período para adaptação das empresas, denominadas como Empresas de Tecnologia de Transporte (OTTs), para atenderem à legislação já tinha vencido e a Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetran) preparava para realizar fiscalizações. A suspensão do decreto inviabilizou esse trabalho.

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