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Assembleia da ONU aprova resolução pedindo suspensão de hostilidades na Síria

Medida tem peso político apenas; Rússia disse nesta sexta que cerco a Aleppo continua até que rebeldes sejam totalmente retirados da cidade.

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Imagem de TV síria mostra fumaça após bombardeio em Aleppo nesta sexta (Foto: Aleppo News Network/AP)

Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou por 122 a 13 uma resolução demandando a cessação imediata das hostilidades na Síria, o acesso à ajuda humanitária em todo o país e o fim de todos os cercos, incluindo o de Aleppo.

Trinta e seis países se abstiveram na votação da resolução redigida pelo Canadá sobre o conflito sírio, de quase seis anos. As resoluções da Assembléia Geral não são vinculantes (não são de cumprimento obrigatório pelos países), mas podem ter peso político.

A aprovação ocorre no mesmo dia em que a Rússia afirmou que a ofensiva militar do regime sírio na cidade de Aleppo seguirá após a paralisação desta quinta para permitir a saída de civis, e se prolongará até a completa saída dos grupos rebeldes.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, deu conta da postura da Rússia e seu aliado, o presidente sírio Bashar al-Assad, em um encontro com os veículos de imprensa por causa do conselho da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), que termina hoje após dois dias de sessões e encontros em Hamburgo (nordeste da Alemanha).

A suspensão das ações de quinta nunca esteve projetada para ser duradoura, esclareceu Lavrov, mas foi uma medida conjuntural dado o volume de civis que queriam fugir dos bairros no leste da cidade síria, os controlados desde 2012 pelos rebeldes, por causa dos intensos bombardeios.

Neste sentido, acrescentou que "com toda segurança" o Exército sírio reativará sua ofensiva quando terminar esta emergência humanitária e que a manterá "até que os bandidos abandonem o leste de Aleppo".

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