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Cinema brasileiro é destaque hoje em projeto do Cinemark

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Divulgação

Desde 2000, a rede multiplex Cinemark garante um dia do ano para a projeção exclusiva de filmes brasileiros. Além disso, toda a verba arrecadada é destinada a projetos ligados ao cinema nacional. O Projeta Brasil chega ,hoje, à sua 17a edição e, em Campo Grande, serão exibidos 17 títulos recentes como “Aquarius”, “Reza a Lenda”, “Os Dez Mandamentos – O Filme”, entre outras produções.

Um fato curioso: quando a rede multiplex Cinemark chegou ao Brasil, o País passava pelo que ficou conhecido como a retomada do cinema brasileiro. Era 1995. A diretora Carla Camurati lançou “Carlota Joaquina”, um marco do período. Embora esses acontecimentos não estejam interligados, a gerente de marketing da rede, Maricy Leal, acredita que eles são fundamentais para compreender a atualidade.

“Hoje, a produção brasileira é um produto essencial dentro de qualquer complexo de exibição. Há sucessos de bilheteria como ‘Os Dez Mandamentos’ e diversas comédias, que atraem o público”, explica. Segundo ela, o Projeta Brasil surgiu com o objetivo de celebrar o cinema nacional. Desde seu lançamento, mais de dois milhões de espectadores em todo o País puderam ver ou rever lançamentos.

Desde a chegada da rede à consagração do Projeta Brasil, muito mudou. O cinema brasileiro deixou de ser uma espécie de gênero, voltada para um nicho específico, e se tornou um um segmento viável da indústria cultural nacional.

Por meio de políticas de incentivo como a Lei do Audiovisual criaram-se mecanismos que garantem captação de verba por meio de renúncia fiscal para produções variadas como comédias, dramas, cinebiografias, entre outros gêneros. Inclusive, algumas polêmicas ainda surgem nesse cenário, como ocorreu com o filme “É Fada”, estrelado pela youtubber Kéfera. Segundo os críticos, a obra poderia ter levantado verba de outras maneiras, dada a popularidade de sua atriz principal.

Ainda em cartaz na semana, “É Fada” será exibido hoje com preço promocional. “Temos uma preocupação muito grande com o acesso do público, por isso os preços do Projeta Brasil são bem baratos”, afirma Maricy. Qualquer uma das películas pode ser assistida por R$ 3, valor inferior à meia-entrada em dias promocionais.

Contudo, nem tudo são maravilhas. Apesar da extensa programação, não chega a Campo Grande nenhum filme que tenha escapado à programação comercial. O projeto poderia oferecer oportunidade para que o público da cidade tivesse acesso a obras que foram aclamadas pela crítica como os dramas “Boi Neon” , de Gabriel Mascaro, ou “Mãe Só Há Uma”, de Anna Muylaert. “Montamos a grade em cima de algumas demandas”, foi a explicação oferecida pela gerente. A programação completa pode ser conferida na página 7B. Ao lado alguns destaques na Capital.

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