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DSEI-MS realiza capacitação de Agentes Indígenas de Saúde da Região Norte

Pedro da Silva Lulu, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, demonstrou a preocupação com as indefinições para o próximo ano

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Divulgação

Com a presença de caciques e lideranças indígenas das Aldeias da Região Norte de Mato Grosso do Sul o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), por meio da Divisão de Atenção à Saúde Indígena está sendo realizada a capacitação de mais 95 Agentes Indígenas de Saúde e 25 profissionais de saúde que atuam nos polos, completando mais de 600 pessoas capacitadas a partir de março de 2017 após mais de 12 anos.

Estiveram presentes na abertura da capacitação realizada ontem (16), no Eco Hotel do Lago, em Campo Grande, Wanderley Guenka, chefe do DIASI representando o coordenador do DSEI Edmilson Canale, o técnico Carmelito Canale, Pedro da Silva Lulu, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena; Adilson da Silva, Terena da Aldeia Passarinho de Miranda; Daniel Velasques, Guató da Aldeia Uberaba de Corumbá; Claudemir Daniel Mamede, Terena da Aldeia Nova Buriti, Sidrolândia; Denivaldo Ribeiro Fernandes, Terena da Aldeia São João, Bonito; Sônia Fernandes, Kadiwéu da Aldeia Campina, Bodoquena; Ana Paula de Oliveira Ojeda, Terena da Aldeia Taboquinha, Aquidauana e Rosalina Martins de Souza, Ofaié da Aldeia Ofaié, Brasilândia.

Durante a abertura da capacitação as lideranças enfatizaram a oportunidade de discutir os conhecimentos já adquiridos na prática diária de atendimento às suas comunidades e, por meio da capacitação oferecida pela equipe de profissionais da DISAI, vir a conhecer outras realidades e conquistar uma visão mais ampla dos desafios da profissão, além de agradecer a oportunidade oferecida pela atual coordenação.

Política da Saúde

Carmelito Canale ressaltou a importância dos agentes como ponta de atendimento das comunidades indígenas, os primeiros a detectar necessidades e a dar amplo apoio às famílias. “Essa gestão, ainda que tenha enfrentado problemas, conseguiu repensar as necessidades. Conseguimos parcerias com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e a SES (Secretaria de Estado de Saúde), uma conquista impensável anteriormente para a saúde indígena. Uma gestão coletiva entende que a política que se deve fazer é a política da saúde. Que a maioria de vocês saiam daqui dispostos a enfrentar novos desafios, a aprimorarem seus conhecimentos e conquistarem uma carreira nessa área”, enfatizou.

Preocupações

Lembrando que Mato Grosso do Sul é o segundo estado em população indígena, com aproximadamente 78 mil de diversas etnias, Pedro da Silva Lulu demonstrou a preocupação com as indefinições para o próximo ano quando pode haver rompimento de contrato que irá prejudicar toda a estrutura de contratação dos agentes.

Lembrou que a capacitação proporcionará uma visão mais ampla sobre aspectos ainda pouco compreendidos como suicídio e homicídios nas aldeias, e que essa é uma preocupação constante da atual gestão, uma vez que a saúde é dinâmica com novos conhecimentos e métodos que surgem a cada dia.

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