A companhia aérea Gol pagará R$ 4 milhões a uma comunidade indígena do povo caiapó, de Mato Grosso, por causa da queda do voo 1907, há dez anos, no meio de uma reserva, o que teria prejudicado o uso da área.
O acordo foi fechado após várias reuniões entre o MPF-MT (Ministério Público Federal de Mato Grosso) e a Funai (Fundação Nacional do Índio). A tragédia deixou 154 mortos, em 2016.
Segundo as crenças da comunidade indígena, as mortes ocorridas no local não permitem mais o uso da terra para caça, pesca e habitação. Os caiapó pedem, desde o início das negociações, o reembolso de R$ 4 milhões.
Eles deverão prestar contas da utilização dos recursos em benefício de toda a comunidade caiapó que reside na reserva indígena. A Gol não comentou a negociação.
O acidente com o boeing 737 da Gol foi causado por uma colisão com um jato executivo sobre os céus da Amazônia. Várias falhas nos procedimentos dos pilotos do jato e dos controladores de voo da Gol teriam permitido que ambas as aeronaves estivessem numa mesma altitude.
Todos os passageiros do voo 1907 morreram, enquanto os passageiros do jato, em sua maioria norte-americanos, pousaram em segurança em uma pista da Força Aeronáutica.
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