A Polícia Civil de Figueirão, município a 246 quilômetros de Campo Grande, investiga o sumiço de parte do lote de queijos descartado no aterro sanitário por estarem contaminados por uma bactéria que pode provocar intoxicação. O lote valia cerca de R$ 50 mil e foram necessárias seis caminhonetes lotadas para fazer o descarte.
O laticínio foi multado e interditado por problemas sanitários. Essa não foi a primeira vez e agora corre o risco de ter a licença de funcionamento cassada. Ao todo, foram quatro toneladas de queijo contaminadas pela estafilococus coagulasse.
“Vem provocar várias infecções, doenças. No caso, causa diarreia, vômitos, desidratação. A estafilococus cria uma toxina que é a endotoxina que vem causar esses danos”, explicou a responsável técnica pela inspeção municipal, Marciana Ramos.
O dono do laticínio, Rogério Botelho, procurou a polícia e confessou ter recolhido 230 peças de queijos sob a alegação de ter distribuídos para os fornecedores de leite darem aos porcos. Cerca de 60 queijos foram encontrados na propriedade rural.
A defesa do empresário disse que Botelho pegou os queijos de volta por falta de informação e por ser uma pessoa humilde. “Esteve lá com um ou dois funcionários, pegaram algumas peças e trouxeram para a sede do laticínio para dar para alguns produtores rurais para dar para os animais”, afirmou.
O delegado Leonardo Antunes Fernandes afirmou que a confissão não encerra o caso. A investigação deve ser concluída em 30 dias. “Nós vamos confrontar as informações prestadas pelos investigados e testemunhas”, disse.
Segundo as investigações, no dia da apreensão, 700 peças de muçarela foram enterradas no aterro sanitário da cidade e horas depois os funcionários do lacticínio levaram 400 unidades. Após dois dias, quando já sabiam que estavam sendo investigados, trouxeram parte do queijo de volta.
Depois da denúncia, uma funcionária da inspeção municipal percorreu todo os locais onde poderiam ser comercializados os queijos, mas não foi encontrado nenhuma peça do lote descartado.
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