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Servidores depredam obra na Assembleia para protestar contra pacote do governo no Rio

Invadiram também o Palácio Tiradentes

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Divulgação

Os tapumes de uma obra na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) foram arrancados durante uma manifestação pedindo a saída do governador Luiz Fernando Pezão e do presidente da casa Jorge Picciani (PMDB). Os manifestantes invadiram também o Palácio Tiradentes e desde a manhã desta terça-feira (8), milhares de servidores e aposentados protestam contra o pacote de medidas contra a crise, enviado pelo governo do Estado.

De acordo com o site O Globo, a maioria dos manifestantes é da parte da segurança e e protestam com buzinas, apitos e cartazes contra as medidas do governo. "Não ao pacote das maldades" e "Não à covardia contra os servidores públicos ativos, a aposentados e pensionistas" são alguns deles.

Ainda segundo O Globo, a Polícia Militar não estimou o número de manifestantes. Os organizadores do protesto estimam o número em 20 mil.

O plenário foi ocupado por servidores por volta das 14h, onde representantes de cada categoria realizam um discurso de rejeição ao pacote. O objetivo dos funcionários é conversar com o presidente da casa. Dezenas de PMs em serviço acompanham o ato dentro da Alerj.

Para subtenente dos bombeiros o pacote fere direito de servidores. “O pacote de maldades ia entrar em votação hoje. Como vão tirar um direito que é nosso? Aqui tem muito cargo comissionado que ganha mais que a gente. Já era para termos recebido, e não recebemos. Existe dinheiro na casa. Precisamos fazer algo para chamar a atenção”, disse.

O deputado Wagner Montes, que estava no local, explicou aos manifestantes que o projeto não seria votado nesta terça. Informou ainda que o pacote está na pauta para ser votado em dezembro e que o texto ainda receberá emendas. Após o discurso, sob vaias, do deputado, muitos servidores deixaram o plenário e voltaram para a porta da Alerj, onde ainda há centenas de pessoas.

Em nota, o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani, declarou que "a invasão do plenário da Alerj é um crime e uma afronta ao estado democrático de direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado. Esse é um caso de polícia e de justiça e não vai impedir o funcionamento do Parlamento (...) Os prejuízos causados ao patrimônio público serão registrados e encaminhados à polícia para a responsabilização dos culpados. ".

Segundo o comunicado, as discussões das mensagens enviadas à Assembleia pelo Poder Executivo começam no dia 16.

ESPERANÇA NOS DEPUTADOS

O presidente da Colpol (Coligação de Policiais Civisl), o comissário Fábio Neira, disse que o objetivo é sensibilizar os deputados para que eles barrem as medidas austeras propostas pelo governo.

“Espero que essa Casa barre aqui esse 'pacote das maldades'. As lideranças da Polícia Civil enviaram um carta de repúdio aos deputados”, disse Neira.

Por volta de 12h, numa reunião entre representantes de entidades de policiais, bombeiros e agentes da Secretaria estadual de Administração Penitenciária com deputados da Comissão de Segurança da Alerj, o presidente do Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis), Francisco Chao, havia garantido que a categoria não seria agressiva.

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