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Vereadora é acusada de ficar com salários de funcionários

Seis ex-funcionários da parlamentar protocolaram a denúncia.

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Divulgação

A Câmara Municipal de Curitiba recebeu nesta terça-feira (15) uma denúncia contra a vereadora Katia Dittrich (Solidariedade), conhecida como Katia dos Animais de Rua. Ex-funcionários comissionados acusam a vereadora e seu marido de exigir pagamentos de parte de seus salários.

Seis ex-funcionários da parlamentar protocolaram a denúncia. Também foram anexadas duas cópias de documentos que, de acordo com eles, comprovam as transferências bancárias. Os ex-funcionários disseram ainda que eram ameaçados de exoneração caso se recusassem a realizar os repasses.

A denúncia indica que “os valores variavam de acordo com os proventos de cada assessor”. “Uma quantia estipulada pela vereadora tinha que ser devolvida para esta mensalmente sempre que os salários eram depositados nas contas dos assessores”.

Além da denúncia na Câmara, a situação também foi levada ao partido da vereadora. Os ex-funcionários pediram para que seus nomes não fossem divulgados até a realização das oitivas no Ministério Público do Paraná, onde a mesma denúncia também foi protocolada.

Outro lado

A vereadora Katia Dittrich afirmou que só irá se manifestar por meio de nota oficial. No texto, ela afirmou que ainda não foi notificada das denúncias e só irá se pronunciar “até que se tenha total conhecimento das mesmas”.

Katia afirmou ainda que está “certa da inexistência de quaisquer irregularidades” e que “acredita que eventuais denúncias sequer serão acatadas [pela Câmara Municipal]”. Ela disse estar “absolutamente serena” e que responderá às denúncias “com mais dedicação à causa animal e na área da saúde”. “Calúnias e injúrias não serão perdoadas e deverão ser respondidas pelos responsáveis perante à justiça”.

Tramitação

A diretoria da Câmara tem o prazo de cinco dias para decidir como a denúncia será encaminhada. O presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), afirmou que a situação será apurada.

Caso a denúncia seja encaminhada para a Corregedoria, é aberto o prazo de 30 dias para que a apuração sobre os fatos seja concluída e então a situação é encaminhada para a Mesa Executiva.

Outra possibilidade é a denúncia ser encaminhada ao Conselho de Ética ou que seja aberta uma comissão processante. Se o caso seja classificado como infração ético disciplinar, podem ser aplicadas censura pública ou suspensão temporária do mandato.

A comissão processante é indicada em casos em que a acusação é classificada como procedimento incompatível com o decoro parlamentar, punível com a perda do mandato.

Colaboração Câmara Municipal de Curitiba

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