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Joesley e Wesley são indiciados pela PF por manipulação de mercado

Eles são acusados de lucrar com a divulgação das delações premiadas

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Ueslei Marcelino/Reuters

Os empresários e irmãos Joesley e Wesley Batista, acionistas da J&F, foram indiciados nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal sob acusação de manipulação do mercado financeiro, investigados na operação Tendão de Aquiles.

Com o relatório enviado pela PF, caberá ao MPF (Ministério Público Federal) decidir se oferece denúncia aos dois.

O advogado Pierpaolo Bottini, que defende os empresários, disse que o indiciamento "é apenas protocolar" e que nada muda na situação dos dois.

A defesa aguarda nesta tarde o julgamento, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), de um pedido de habeas corpus dos dois, que estão presos em São Paulo.

No caso de Wesley, se a decisão for pela liberdade, ele poderá ser solto. Já Joesley tem outro mandado de prisão, do STF (Superior Tribunal Federal) por suposta quebra do acordo de delação premiada. Por essa razão teria que permanecer preso.

Os irmãos Batista são investigados por um suposto lucro com a própria delação premiada. Joesley teria vendido e recomprado ações da JBS, evitando um prejuízo de R$ 138 milhões à companhia. Já a Wesley, é atribuída uma operação de câmbio horas antes do vazamento da delação premiada que gerou lucro de R$ 100 milhões.

Segundo a PF, Joesley Batista e Wesley foram indiciados pelos crimes de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada, com agravante de ter, supostamente, abusado do poder que possuía na administração da J&F e da JBS, respectivamente.

Com a divulgação das delações da J&F, a bolsa e o dólar tiveram movimentos bruscos que afetariam diretamente os negócios do grupo. O MPF sustenta que os irmãos agiram com informação privilegiada do próprio acordo com a Justiça para se proteger. 

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