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'Nesse momento uma vitória', diz mãe de Eliza sobre decisão de nova prisão do goleiro Bruno

Jogador do Boa Esporte Clube foi até a Delegacia Regional da cidade mineira e foi liberado após assinar certidão. Ele deve se apresentar à Justiça na quarta.

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Reprodução/TV Globo

A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu nesta terça-feira (25) mandar o goleiro Bruno Fernandes de volta à prisão foi como uma vitória para Sônia de Fátima de Moura, mãe de Eliza Samudio.

"A luta vai ser grande pela frente, mas eu avalio como uma vitória. Nesse momento uma vitória. Gostaria que a página fosse virada nesse momento, mas infelizmente só vai ser possível no dia que eles me entregarem os restos mortais da minha filha", afirmou Fátima.

Bruno foi preso em 2010 e condenado em 2013 pela morte da ex-namorada Eliza Samudio. Desde março, Bruno defende o Boa Esporte, de Minas Gerais, que disputa a segunda divisão do Campeonato Mineiro.

Por 3 votos a 1, os ministros decidiram derrubar uma decisão de fevereiro do ministro Marco Aurélio Mello, que havia determinado a libertação do atleta, após seis anos e meio de prisão. A Primeira Turma é formada por cinco ministros, mas Luís Roberto Barroso não participou do julgamento.

O jogador se apresentou espontaneamente por volta das 17h50 na Delegacia Regional de Varginha, no sul de Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil, o atleta assinou uma certidão se comprometendo a se entregar e depois foi liberado, já que ainda não foi expedido um mandado de prisão contra ele.

Bruno deverá se apresentar ao juiz da 1ª Vara Criminal de Varginha no início da tarde de quarta-feira (26). Ainda não se sabe para qual presídio ele será enviado, mas há a chance de ficar na cidade mineira.

Condenação

Em 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho.

Bruno foi condenado a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver.

Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

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