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Em 3 anos, vereadora vai de recepcionista a presidente da Câmara com salário de R$ 12 mil

Advogada de 39 anos comanda Legislativo douradense

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Divulgação

Eleita no domingo (1º) presidente da Câmara Municipal de Dourados, distante 228 quilômetros de Campo Grande, a vereadora Daniela Weiler Wagner Hall (PSD), de 39 anos, viveu considerável ascensão na Casa de Leis em pouco mais de três anos. Agora na chefia do Legislativo, ela havia sido nomeada no dia 8 de maio de 2013 para o cargo de Recepcionista (CAP-6) no gabinete do parlamentar Cirilo Ramão Ruis Cardoso (à época no PTC e hoje no PMDB).

Nessa legislatura, a única mulher entre os 19 parlamentares deverá manter alinhamento com o ex-chefe, que foi eleito segundo secretário da Mesa Diretora. Sérgio Nogueira (PSDB) é o vice-presidente e Pedro Pepa (DEM) o primeiro secretário.

Na condição de vereadora, Daniela receberá salário bruto de R$ 12.661,13, vencimento mais de 10 vezes superior ao que tinha direito quando integrou o quadro de servidores comissionados (nomeados), R$ 1.108,86. Na época, foi nomeada a partir do dia 8 de maio por meio da Portaria nº. 160, de 20 de maio de 2013, publicada no Diário Oficial do Município no dia 22 daquele mês.

Formada em Direito, ela já havia ocupado cargo público na gestão do ex-prefeito Laerte Tetila (PT), quando foi nomeada no dia 1º de setembro de 2005 para exercer a função de Procuradora Auxiliar. No dia 9 de maio de 2016, pouco antes de lançar candidatura à Câmara de Vereadores, Daniela teve nomeação para exercer cargo em comissão de Secretário Parlamentar, SP16, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no gabinete do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), com salário descrito em R$ 3.265,23.

Durante a campanha eleitoral que lhe garantiu a vaga no Legislativo, obteve 1.178 votos no grupo que deu apoio à candidatura do tucano para Prefeitura de Dourados.

Ao assumir a presidência da Câmara, disse ao Jornal Midiamax que a “expectativa é de muito trabalho” na condução dos trabalhos no Palácio Jaguaribe, a sede do Legislativo. Por ser advogada, avalia que sua experiência de vida como jurista pode ajudar nessa atuação parlamentar, “do ponto de vista da legalidade e da formalidade do ato”.

Na advocacia, uma de suas atuações mais rumorosas é em defesa de ao menos três réus – entre eles seu marido, o ex-vereador Cláudio Marcelo Hall - de um dos processos decorrentes da Operação Uragano, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2010 para combater um suposto esquema de corrupção que envolvia, conforme a denúncia, o prefeito Ari Artuzi, seu vice Carlinhos Cantor, vereadores e empresários do município.

Já na Câmara, sobre a polêmica eleição para Mesa Diretora, marcada por sua mudança brusca de lado – 10 dias após declarar apoio ao grupo de Braz Melo (PSC) foi lançada candidata à presidência pelos oposicionistas -, Daniela Hall considera algo superado. “Todos os vereadores conversaram junto com os que foram eleitos pela chapa da Délia, aqueles que foram eleitos pelo Renato Câmara e pelo Geraldo Resende, então agora acabou a disputa, são todos unidos para trabalhar em prol de Dourados”, pontua. 

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