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JBS alega insegurança jurídica e divulga paralisação de sete frigoríficos

Grupo que teve R$ 730 milhões bloqueados pela Justiça alega insegurança jurídica

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Frigorífico da JBS em Campo Grande - Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado

O grupo JBS confirmou a paralisação das atividades de compra e abate de bovinos por tempo indeterminado em sete unidades frigoríficas em Mato Grosso do Sul. A medida começa a vigorar nesta quarta-feira, 18 de outubro. O motivo é a insegurança jurídica, segundo nota da empresa divulgada à imprensa na tarde desta terça-feira, 17 de outubro. A pedido da (CPI) das Irregularidades Fiscais e Tributárias do Estado de Mato Grosso do Sul, da Assembleia Legislativa, a Justiça bloqueou R$ 730 milhões, em recursos e bens do grupo. A decisão judicial preocupou trabalhadores da JBS que protestaram na manhã desta terça-feira na Casa de Leis estadual. Eles temem ficar sem o pagamento de salários e até perder seus empregos. Contudo, segundo a JBS, colaboradores continuarão recebendo seus salários normalmente até que a Companhia tenha uma definição sobre o tema. 

“A JBS esclarece que está empenhando seus melhores esforços para a manutenção da normalidade das suas operações e trabalha para proteger seus 15 mil colaboradores diretos e 60 mil indiretos em Mato Grosso do Sul”, diz a nota da empresa. O bloqueio de verbas e bens foi pedido após a CPI constatar irregularidades nos termos de acordo firmados pela empresa com o Governo do Estado. A JBS recebeu incentivos fiscais, prometeu investimentos, mas não cumpriu os acordos. "Do total, 93% das notas eram frias e a própria empresa confessou que não cumpriu aquilo que estava acordado com o Estado. Então, a CPI tinha que tomar providências, porque não podemos saber de algo e não fazer nada", justificou o presidente da CPI deputado estadual Paulo Corrêa (PR).

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