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MS tem rodovias bloqueadas e trabalhadores de braços cruzados

Movimento é nacional contra reformas da Previdência e Trabalhista. Muitas escolas públicas estão sem aulas.

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Diogo Nolasco/ TV Morena

A capital de Mato Grosso do Sul amanheceu sem transporte público nesta sexta-feira (28). Nenhum ônibus saiu das garagens. Manifestantes fecham a rodoviária do município e bloqueiam a BR-158 e 262, em Três Lagoas; a BR-463 e a 163, em Dourados. Também há manifestação da construção civil e de metalúrgicos. Polícia Civil também participa do movimento. Todos são contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

Transporte

Campo Grande ficou sem ônibus entre 5h e 8h30 (de MS). Conforme o Consórcio Guaicurus, que administra o serviço de transporte público no município, em média, 30 mil pessoas andam de coletivo nas primeiras horas da manhã na capital sul-mato-grossense.

O transporte coletivo de Campo Grande conta com 595 veículo e 190 mil usuários/dia, segundo a assessoria de imprensa do Consórcio Guaicurus.

Em Dourados, estudantes fecharam a saída de ônibus na única empresa que faz o serviço na cidade. Somente os veículos que saíram antes das 5h30 estão rodando.

Rodoviária

No terminal rodoviário de Campo Grande, manifestantes impediram a entrada e saída de coletivos de viagem de 4h30 até o início da manhã. Quem chegava à capital-sul-mato-grossense desembarcava nas calçadas próximas. Os organizadores do movimento utilizaram faixas e microfones para falar sobre a posição da classe em relação às reformas relacionaos aos trabalho e aposentadoria.

Aulas

Segundo a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), a maioria dos sindicatos municipais aderiu ao movimento de paralisação nesta sexta-feira. A Federação afirma ainda que 97% das 362 escolas estaduais estão sem aulas.

A Prefeitura de Campo Grande informou que faz levantamento de quantas escolas estão sem aula. A Secretaria de Estado de Educação também busca informações junto aos colégios para verificar quais aderiram ao movimento.

Construção

Trabalhadores da construção civil também fazem atos isolados nos canteiros de obras, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Campo Grande. No início da manhã, houve manifestação na construção de um prédio residencial localizado no bairro Chácara Cachoeira, com participação de cerca de 200 pessoas, conforme a organização. Não havia polícia no local.

Aproximadamente mil trabalhadores de indústrias metalúrgicas da capital sul-mato-grossense também cruzaram os braços, de acordo com sindicato que representa a categoria.

Rodovias

Conforme a PRF, as BRs 158 e 463 estão bloqueadas por manifestantes contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

Em Três Lagoas, o trânsito está impedido perto da rotatória da BR-262 por uma mobilização do Sintrapel (Sindicato dos Trabalhadores na indústria do papel) e do Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Mobiliários e Montagem de Três Lagoas e Região).

Os manifestantes bloquearam a pista com um guincho e protestam com faixas e carro de som. Conforme a PRF há aproximadamente 50 manifestantes, porém a quantidade de pessoas no local é maior, cerca de 12 ônibus que levavam trabalhadores para uma fábrica foram parados. Só estão sendo liberadas para passagem as viaturas de polícia e ambulância.

Ainda em Três Lagoas, 17 estudantes liderados por sindicalistas, segundo a PRF, fecham a BR-158, no km 259.

Em Dourados, o km 7 da BR-463 está bloqueada por sem terra desde às 7h40 (de MS). Aproximadamente 50 manifestantes interditaram a rodovia com troncos de madeira. Eles pretendem fazer bloqueios de uma hora e liberar por 20 minutos durante o dia todo. Só estão sendo liberadas para passagem as viaturas de polícia e ambulância.

Também em Dourados há interdição feita por indígenas no km 3 da BR-463. No mesmo município há bloqueio ainda no km 260 da BR-163.

Polícia Civil

Os Policiais Civis de Mato Grosso do Sul, também adereriram à paralisação. Em Campo Grande, cerca de 150 policiais estão reunidos em frente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), do Centro. Segurando cruzes, faixas e cartazes, os agentes interdiram um lado da rua Padre João Crippa.

Segundo o Sindicato da Categoria (Sinpol), a paralização ocorre em todas as cidades do estado. Os serviços foram parcialmente suspensos. Apenas os boletins de ocorrência de flagrantes em casos mais graves estão sendo registrados.

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