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Copiloto fez 6 meses de terapia contra depressão

O copiloto do Airbus A320 da Germanwings que caiu nos Alpes franceses passou por seis meses de tratamento psiquiátrico em 2009 contra uma grave depressão, informou nesta sexta-feira (27) o jornal alemão Bild.

Segundo a Promotoria francesa, Andreas Lubitz, 27, derrubou de forma deliberada a aeronave, que fazia o voo 4U9525 entre Barcelona e Düsseldorf, na Alemanha, com 150 pessoas a bordo na quarta (25). Todos os ocupantes morreram.

Citando funcionários do Grupo Lufthansa, do qual faz parte a Germanwings, o jornal Bild afirma que o copiloto, na época com 22 anos, teve sua formação interrompida devido a um grave episódio depressivo e crise de ansiedade.

Os detalhes sobre o episódio depressivo que o levaram ao tratamento não foram divulgados. A publicação diz que o transtorno psicológico foi registrado em uma ata do departamento de tráfego aéreo da Alemanha sob o código SIC.

Isso significa que o copiloto deveria se submeter a revisões médicas regulares. O afastamento já havia sido informado pelo presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, em entrevista coletiva na quinta (26), sem dar detalhes.

Ele afirmou que Lubitz passou por rigorosos exames físicos e mentais quando entrou na empresa, ao retomar o curso e ao se formar no curso de pilotos, que o levaram a ingressar na Germanwings em 2013.

Mais cedo, a revista alemã Der Spiegel informou que a polícia alemã encontrou indícios que respaldam a tese dos transtornos psíquicos do piloto em revista à sua casa, em Düsseldorf, e à residência dos pais, em Montabaur.

SINDICATONesta sexta, o Sindicato Nacional de Pilotos de Linha da França anunciou que deverá apresentar uma ação na Justiça contra a Promotoria por haver divulgado o conteúdo de uma das caixas-pretas do Airbus A320 da Germanwings.

Segundo o sindicato, o vazamento de informações antes da entrevista coletiva dos promotores, na quinta-feira, representa um sério descumprimento das normas de investigação de acidentes aéreos.

Jornais como o francês Le Monde e o americano The New York Times já dispunham de parte das informações na noite de quarta-feira (25), obtidas por membros da investigação que não quiseram se identificar.

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