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Ex-arcebispo será julgado por abuso sexual, diz Vaticano

Julgamento de Jozef Wesolowski, ex-arcebispo e embaixador papal na República Dominicana, deve começar em 11 de julho

(Foto: Luis Gomez / Reuters)

Jozef Wesolowski, ex-arcebispo e embaixador papal na República Dominicana, irá a julgamento acusado de pagar para fazer sexo com menores de idade e possuir pornografia infantil, informou o Vaticano nesta segunda-feira (15).

O julgamento, que deve começar em 11 de julho, será o primeiro feito com tais acusações dentro da pequena cidade-Estado e sede da Igreja Católica, que conta com 1,2 bilhão de fiéis no mundo. Fontes do Vaticano disseram que a decisão do presidente do tribunal do Vaticano de indiciar Wesolowski não poderia ter sido tomada sem a aprovação do papa Francisco.

O ex-arcebispo polonês de 66 anos, que foi “núncio apostólico”, ou embaixador do Vaticano, em Santo Domingo durante cinco anos, foi preso em setembro passado e detido no Vaticano. Foi a primeira prisão no local relacionada a acusações de pedafilia.

O Vaticano chamou Wesolowski de volta em 2013, quando ele ainda era diplomata em Santo Domingo. Ele foi dispensado de suas funções depois que a mídia dominicana o acusou de pagar meninos para realizar atos sexuais. As reportagens levaram a uma investigação policial.

Wesolowski supostamente saía à paisana, o que incluía um boné, e frequentava uma praia conhecida como local onde crianças pobres se prostituem, de acordo com a mídia local que veiculou a história. Após sua convocação, o tribunal do Vaticano o expulsou de sua ordem religiosa e ele perdeu a imunidade diplomática. O papa ordenou uma investigação criminal.

Após a prisão, inspetores do Vaticano encontraram pornografia infantil em seu computador. Se condenado, é improvável que Wesolowski fique na prisão do Vaticano, que consiste somente de alguns cômodos adjacentes à sua corte. Ele provavelmente será enviado a uma prisão italiana como parte de um acordo internacional entre a Itália e o Vaticano, ou será extraditado à República Dominicana ou à sua Polônia nativa, afirmaram autoridades do Vaticano.

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