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Polícia detém 8 suspeitos de ligação com atentado em Londres e reduz para quatro o nº de mortos

Suspeitos foram detidos em Londres, Birmingham e outras regiões do Reino Unido. 29 feridos permanecem internados.

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Stefan Rousseau / PA via AP Photo

Oito pessoas foram detidas em ao menos seis endereços de Londres, Birmingham e outras regiões do Reino Unido por suspeita de ligação com o atentando terrorista de quarta-feira (22) próximo ao Parlamento britânico, em Londres.

A polícia londrina afirmou que todas as oito pessoas presas, com idades entre 21 e 58 anos, são suspeitas de preparar atos terroristas. Também informou que ainda estava fazendo buscas em propriedades no País de Gales, na cidade de Birmingham e no leste de Londres. Segundo seu comunicado, centenas de detetives estão envolvidos na investigação.

A Polícia Metropolitana de Londres (Met) também informou nesta quinta-feira (23) que o número de vítimas foi reduzido.

Três pessoas morreram em consequência do ataque de quarta (22), informou o chefe da Unidade Antiterrorista da Polícia de Londres, Mark Rowley. O agressor, que ainda não foi identificado, também morreu, totalizando quatro mortos. As autoridades chegaram a informar que cinco pessoas tinham morrido durante o ataque.

A polícia divulgou apenas a identidade do policial que morreu ao ser esfaqueado pelo agressor: Keith Palmer, de 48 anos. O jornal britânico "Daily Mail" informou que uma das vítimas é Aysha Frade, de 43 anos. Ela iria se encontrar com suas duas filhas quando foi atingida pelo carro do agressor e lançada em direção a um ônibus.

Quarenta pessoas se machucaram no ataque - entre eles três policiais. Uma mulher, gravemente ferida, foi retirada do Rio Tâmisa. Na manhã desta quinta, 29 pessoas permaneciam hospitalizadas. De acordo com a polícia, cinco delas estão em estado crítico, e outras duas têm ferimentos que apresentam risco de vida.

Entre os feridos estão 12 britânicos, crianças francesas, dois romenos, quatro sul-coreanos, um alemão, um chinês e dois gregos, de acordo com a primeira-ministra britânica, Theresa May.

Sem novas ameaças

Em um pronunciamento na frente da sede da Scotland Yard, Mark Rowley declarou que, até o momento, não foram detectadas evidências que apontem para "novas ameaças terroristas". No entanto o Reino Unido segue em alerta.

A polícia britânica disse que o ataque foi "inspirado pelo terrorismo internacional", mas que não comentaria sobre a identidade do suspeito. Segundo a agência France Presse, a polícia privilegia a pista do "terrorismo islâmico". Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado.

Parlamento retoma atividades

Nesta manhã, o Parlamento retomou suas atividades e fez um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

O perímetro ao redor do Parlamento permanece, no entanto, isolado e a estação de metrô de Westminster fechada ao público.

A ponte de Westminster, onde os investigadores continuam trabalhando, também está fechada ao público.

O aumento da presença policial na cidade era visível e as manchetes de todos os jornais eram dominadas pelo atentado, chamado na maioria dos casos de "ataque à democracia".

Ataque

O ataque começou quando o agressor atropelou um grupo de pessoas ao passar pela Ponte de Westminster, diante do Big Ben. Em seguida, ele deixou o carro e avançou em direção ao Parlamento, atacando um policial com uma faca. O policial ferido não resistiu e morreu.

Pouco depois, foram ouvidos disparos. Outros agentes reagiram e balearam o agressor, que também acabou morrendo.

Antes do atentado, a premiê britânica, Theresa May, tinha participado da sessão semanal de perguntas ao governo na Câmara dos Comuns. Depois do incidente, presidiu uma reunião do comitê de emergência Cobra, integrado pelos principais ministros do país.

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