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Turistas tiram selfie na frente de café com reféns em Sydney e causam indignação

O cerco ao local já ultrapassou 14 horas, e as fotos começaram a surgir nas redes sociais logo cedo

(Foto: Reprodução/Twitter)
Brasileira é usada como porta-voz de sequestrador em Sidney (Foto: Reprodução)

Turistas na Austrália causaram indignação após se reunirem para tirar selfies na frente do Lindt Chocolat Cafe, em Sydney, onde dezenas de pessoas estão sendo feitas reféns por um homem armado. O cerco ao local já ultrapassou 14 horas, e as fotos começaram a surgir nas redes sociais logo cedo.

 Apesar do local estar isolado, e da polícia pedir que as pessoas se mantenham longe do local, algumas pessoas insistem em postar autorretratos em frente ao café. A vida deles está em perigo, e as pessoas estão tirando selfies. É muito desrespeito e idiotice, opinou o usuário do Twitter @joeesugg.

 Agora eu já vi de tudo... Um pai levou as suas duas filhas pequenas para posar e tirar fotos onde os frequentadores do café estão sendo feito reféns, comentou outro tuiteiro, @MarkDiStef. Os viciados na selfie estão sendo chamados de insensíveis, nojentas e loucas nas redes sociais.

A indignação com as imagens fez com que algumas pessoas apagassem as selfies. Até o início da tarde desta segunda-feira (15), cinco reféns conseguiram fugir do Lindt Cafe. A polícia segue em contato com o sequestrador, mas o número de reféns ainda não foi confirmado.

Entre eles está uma brasileira que mora na Austrália há mais de 20 anos. Márcia Mikhael é gerente de projetos em um banco australiano e personal trainer. Em uma mensagem postada por Marcia Mikhael, nascida em Goiás e naturalizada australiana, o sequestrador pede uma bandeira do Estado Islâmico e diz que quer se comunicar com o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott. 

Segundo Ricardo Khouri, primo de Marcia, contou ao Correio Braziliense, a brasileira enviou uma mensagem via SMS ao marido, por volta das 11h40 de hoje (1h40 em Brasília). Socorro. Eu não quero morrer, escreveu.

Uma bandeira com a frase em árabe Não há outro Deus que Alá, Maomé é o mensageiro de Alá foi estendida em uma janela do café. A mantém contato com o sequestrador para negociar a libertação dos reféns. O sequestrador foi identificado pela emissora 9News como o clérigo muçulmano radical Sheik Man Haron Monis. Ele nasceu no Irã e se mudou para a Auastrália em 1996. A identificação ainda não foi confirmada pela polícia. 

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