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Emocionante! Mulher dá à luz em coma e acorda três meses depois do parto

Os amigos teriam a convencido de viajar, mas acabaram sofrendo um acidente. Em 2016, sem conseguir se comunicar, Amélia teve contrações e passou por uma cesárea

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Divulgação

Uma argentina que deu à luz enquanto ainda estava em coma, no dia 24 de dezembro, acordou após três meses. Amelia Bannan sofreu um acidente e esta inconsciente. As informações são do Jornal El País.

O irmão de Amelia contou em entrevista ao El País que conversava com ela diariamente na esperança de que ela acordasse. “Estávamos na clínica com Norma, minha outra irmã. Contávamos coisas a Amelia e nunca tínhamos resposta, mas de repente escutamos um ‘sim’. ‘Amelia, está escutando?’, perguntei-lhe, e voltou a dizer que sim. Pedi a ela que me mostrasse a língua, e ela mostrou. Foi uma emoção, fiquei sem palavras”, recorda César Bannan.

Amelia é policial na cidade de San Pedro e quando estava grávida de seis meses teve um pressentimento. "Não vamos viajar, se subirmos nesse carro será para capotar”, disse a uma colega horas antes de voltar da delegacia onde trabalhava.

Os amigos teriam a convencido de viajar com eles, mas no meio do caminho sofreram um acidente. Um carro bateu no veículo em que estavam e o motorista acabou perdendo o controle da direção e caíram em uma ribanceira. Amelia sofreu uma grave lesão cerebral e ficou inconsciente, mas o bebê que esperava sobreviveu e os outros quatro ocupantes do veículo saíram ilesos. A partir desse dia, o feto se desenvolveu normalmente, enquanto a mãe permanecia inconsciente.

Em dezembro de 2016, Amelia abriu os olhos, moveu as mãos e, embora não fosse capaz de se comunicar, começou a ter contrações. Como não teve dilatação, passou por uma cesárea de emergência. “Nasceu na véspera de Natal, foi um milagre”, afirma o irmão de Amelia.

Santino pesava 1.890 gramas e ficou um mês na UTI neonatal. “Nasceu e cresce bem, não tem qualquer complicação. É um guerreiro total”, afirma o tio.

Nos primeiros dias, os sinais vitais de Amelia voltaram a se apagar, e ela recaiu no coma. “Era desesperador. Todos os dias íamos falar coisas novas, levávamos o bebê perto dela, mas não havia resposta”.

A paciente agora melhora com rapidez, segundo o fisioterapeuta que acompanha sua reabilitação, Roberto Gisin. “Primeiro dizia sim e não, agora está conseguindo responder perguntas e reagir a ordens”, explica. Amelia já pode se virar sozinha na cama, move os quatro membros e, se não ocorrerem contratempos, Gisin acredita que voltará a andar em alguns meses. Ainda assim, esclarece que é “uma paciente de risco”, e que é necessário avançar com prudência para evitar retrocessos, por exemplo, na hora de recuperar a ingestão oral de alimentos, que durante cinco meses foi substituída por uma sonda.

A família está consciente do longo trabalho de recuperação que Amelia tem pela frente, mas comemoram cada pequeno gesto. “Nós lhe demos um pirulito e o lambeu”, conta César.

O marido de Amelia, que também é policial, passa todo o tempo que pode com ela, além de acariciar o bebê. “Ela recorda cada vez mais coisas da sua infância, mas não a gravidez”, diz seu irmão.

Ainda é cedo para saber se o acidente a deixará com sequelas, segundo os médicos, mas os parentes e amigos rezam para que não seja assim. César agradece as manifestações de carinho recebidas e acredita que a história da irmã pode ser inspiradora: “Temos esperança e queremos transmiti-la aos que atravessam uma situação similar. Já vimos que os milagres são possíveis”.

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