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Prefeito da Capital sugere renúncia da diretoria da Santa Casa

Marcos Trad afirmou que os repasses estão em dia

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Atendimento continua, mas só para pacientes que passam pela Central de Regulação - Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

O prefeito Marcos Trad sugeriu a renúncia da diretoria da Santa Casa da Capital. Ontem, ele afirmou que os repasses para o hospital estão em dia e que o diretor-presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG) – responsável pela administração da Santa Casa –, Esacheu Cipriano Nascimento, deve pedir desligamento das funções.

“Se eles não dão conta, deixem para outros administrar. Ninguém pediu para ele (Nascimento) ser gestor da Santa Casa, ele que se candidatou; então, que saia”.

Por causa da situação que o hospital se encontra, o prefeito também cogitou nova intervenção administrativa no maior hospital de Mato Grosso do Sul.

“Eles estão mostrando o caminho da ineficiência da gestão deles. Todos nós passamos por dificuldades. As que eles possam ter não poderiam ser respondidas com fechamento do pronto-socorro, ainda mais com colocação de cadeados, com proibição da entrada das autoridades e, principalmente, da imprensa”, disse o prefeito.

Com portões fechados desde quarta-feira (2) e alegando superlotação em todos os setores para onde pacientes em estado grave são levados, o hospital só atende aqueles que chegam com encaminhamento da Central de Regulação.

A medida é para desafogar áreas importantes da alta complexidade, como a ala vermelha do setor de urgência e emergência – antigo pronto-socorro –, o centro cirúrgico e também o Centro de Terapia Intensiva (CTI). Outro caso preocupante é do Centro Cirúrgico, que tem 16 salas e três delas foram transformadas em leitos de tratamento intensivo.

Cada sala pode fazer até dez cirurgias por dia. As três que acolheram pacientes estavam desde sábado (5) sem realizar procedimentos. Ou seja, em três dias, pelo menos 90 cirurgias não foram feitas, 270 no total – entre sábado e ontem.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) diz estar adimplente com os repasses para a Santa Casa. “São quase R$ 250 milhões por ano", disse o prefeito.

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