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Operação do Ibama investiga venda ilegal de madeiras nobres em Sidrolândia

Operação foi realizada em Sidrolândia, Itaquiraí e Selvíria. Empresa fantasma de Ponta Porã fraudou documento e vendeu madeira ilegal para produtor rural.

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Ibama/Divulgação

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou uma segunda etapa da operação para investigar vendas ilegais de madeiras com documentos falsificados em Mato Grosso do Sul. No total, foram aplicadas R$ 166, 7 mil em multas por irregularidades em Sidrolândia, Itaquiraí e Selvíria entre os dias 14 a 19 de agosto.

De acordo com o Ibama, objetivo era identificar fraudes realizadas no Documento de Origem Florestal (DOF) a partir de falsificações nos dados do documento, podendo ser retirados de números já existentes e legais ou inventados pelos suspeitos.

Durante a ação, foi descoberta uma empresa fantasma de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, utilizou as informações de uma companhia de Rio Grande do Sul para falsificar o DOF. A partir disso, a quadrilha vendeu madeiras para uma propriedade rural em Coxim, no norte do estado.

Porém, no documento constava uma venda de 7 m³, mas foi encontrado na propriedade cerca de 152 m³ de madeira. Foram aplicados quatro autos de infração e o fazendeiro foi multado em R$ 85 mil e a empresa foi bloqueada. Apesar da multa, ainda é investigado se o produtor rural sabia do esquema.

O Ibama também afirmou que durante a operação foram apreendidas 4.607 lascas de aroeira, 836 palanques de aroeira, totalizando 288 m³ de lascas e palanques da madeira nobre. As apreensões foram avaliadas em R$ 548.962.

Ainda de acordo com o instituto, foram apreendidos 288,431 m³ de aroeira com o DOF falsificado, conforme constatado no Sistema de Controle Oficial (Sisdof). O Ibama explica que a descoberta das fraudes foi possível por meio desse sistema, que mostrou a incompatibilidade dos números. Além disso, a volumetria utilizada muito pequena era utilizada para ser a matriz de falsificação de outros DOFs.

Na primeira fase da operação, foram apreendidos em quatro dias cerca de 235 m³ de aroeira, avaliados em R$ 425.980, em propriedades rurais de quatro municípios de Mato Grosso do Sul.

G1/MS

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