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Berço com grade quebrada despenca e criança cai com rosto no chão no Hospital Regional

A mãe afirma que já reclamou do berço três vezes

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Arquivo Pessoal

Criança de 5 anos sofreu um acidente no Hospital Regional e voltou para casa cheia de hematomas. Quem conta a história é a mãe Alice Century, 21 anos.

A menina tem Síndrome do Intestino Curto (que consiste na má absorção resultante de resseção extensa do intestino delgado) e, desde que nasceu, dorme no Hospital Regional, em Campo Grande.

“Ela entra às 20 horas todos os dias e sai pela manhã. No dia 1º de Janeiro, a babá que acompanha minha filha me ligou, dizendo que ela caiu. Ela se alimenta por sonda e na veia, parece que a enfermeira colocou muito rápido o alimento e ela foi vomitar. Ela apoiou na grade e caiu. A trava de segurança do berço está estragada, ela caiu com o rosto no chão”, diz a mãe.

Minutos depois, Alice chegou no hospital e conversou com as enfermeiras, pedindo um exame para a filha.

“Eles fizeram Raio X e verificaram que, com a parte óssea, estava tudo bem. Mas a minha preocupação é que minha filha toma anticoagulante, qualquer sangramento que ela tenha, ela perde muito sangue. Eu conversei, falei que ela tinha que fazer uma tomografia, mas não conseguimos. Conversei com a enfermeira, perguntando se ela teria que ficar internada por conta da queda, mas disseram que se tivesse uma noite tranquila, poderia ir para casa. Ela foi para casa e os olhos foram ficando roxos, fiquei desesperada”, diz.

A mãe afirma que tentou contato com a diretoria, com os médicos, mas não obteve resposta.

“Ninguém me respondeu. Eu já reclamei três vezes do berço e eles me disseram que todos os berços têm a trava quebrada. Saí com minha filha de lá sem nenhum medicamento, nem mesmo para dor. Conseguimos a tomografia três dias depois, apenas na segunda-feira. Se tivesse algum sangramento, minha filha estava correndo risco de morte”, relata.

Hospital Regional

O TopMídiaNews entrou em contato com o Hospital Regional, que alega que a babá se ausentou do local e a criança estava sozinha quando o acidente aconteceu.

Segundo o hospital, os médicos prestaram todos os atendimentos necessários para a paciente.

Confira a posição na íntegra:

Conforme relato da equipe de enfermagem da pediatria do HRMS, o caso ocorreu na madrugada de sábado (1) para domingo (2). A criança, que necessita de acompanhamento e para fazer dieta parental, começou a passar mal e a cuidadora, indicada pela mãe, se ausentou para chamar o enfermeiro, nesse intervalo a criança se apoiou no berço para vomitar e a grade cedeu.

A equipe médica deu toda a assistência à criança, exames de imagens foram feitos e não houve intercorrências por conta da queda. A cuidadora foi orientada a esperar por uma avaliação mais aprofundada no período da manhã, mas não quis esperar, saindo do hospital com a criança sem alta médica.

Vale ressaltar que o processo de hospitalização na infância retrata um evento difícil, com consequências profundas, que necessitam ser compreendidas em sua totalidade. Assim, a inclusão, o acolhimento e a participação do acompanhante garantem a integralidade da assistência prestada à criança, com o propósito de atender às suas necessidades físicas, psicológicas e sociais. Os cuidadores, responsáveis pelos cuidados da criança, são instruídos para colaborar com a assistência, orientados sobre os procedimentos de rotina que serão executados na criança, quanto a manipulação do berço, utilização do banheiro e dos espaços do hospital.

Reiteramos que todos os casos nos campos, administrativo e assistencial são pautados nos ditames éticos e legais vigentes para tomar as providências. Como a família fez o boletim de ocorrência, nos colocamos a disposição das autoridades competentes para dirimir dúvidas do caso relatado.

Quanto informação relatada pela mãe, sobre a falta de medicação para vômito e de álcool é inverídica. 

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