Publicado em 24/06/2015 às 14:24, Atualizado em 26/10/2016 às 12:25

Aprosoja abre oficialmente nesta quinta a colheita da safrinha em MS

Evento será promovido em uma fazenda em Sidrolândia, às 14h (de MS). MS deve produzir cerca de 8,3 milhões de toneladas na safrinha.

, Agrodebate
(Foto: lávia Galdiole/TV Morena)

A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) abre oficialmente nesta quinta-feira (25) a colheita da safrinha de milho do ciclo 2014/2015 no estado. A estimativa do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga) é que o estado colha nesta temporada 8,3 milhões de toneladas e atinja uma média de produtividade de 86 sacas por hectare.

O evento será promovido na fazenda São José, em Sidrolândia, município na região central do estado, a partir das 14 horas. Apesar da abertura oficial, alguns produtores em municípios como Aral Moreira, iniciaram nos primeiros dias do mês a colheita da safrinha.

Segundo a Aprosoja/MS, com o volume de produção estimado para esta safrinha, o estado se mantém como o terceiro maior produtor de milho segunda safra do país, ficando atrás somente de Mato Grosso e Goiás.

De acordo com o último boletim técnico da entidade, cerca de 40% das lavouras estão no estágio de enchimento de grãos. Pelo menos 30% se encontram no período de florescimento e o restante está em fase de maturação, a pré colheita. Com a chuva, que tem caído de forma regular em praticamente todos os municípios, a retirada dos grãos deve ser intensificada nos próximos dias e, logo após os dez primeiros dias, pode ter uma redução no ritmo.

Segundo os técnicos de campo, diferente da soja, que é mais vulnerável ao clima, o milho sofre menos com as mudanças climáticas, já que possui o formato de pêndulo (inclinado para baixo) e a palha protege os grãos. Mesmo chovendo, o produtor pode esperar até uma semana para colher. A única preocupação do produtor é com relação à geada, efeito típico do inverno sul-mato-grossense, que pode atrapalhar a formação de grãos na fase de desenvolvimento da gramínea mas que não deve comprometer a produtividade.

“Antigamente, por causa do frio, só se plantava soja ou milho verão. Ainda sem adubo ou tecnologia, o produtor arriscou cultivar a gramínea em novo período e, com o tempo, notou aumento de produtividade. As pesquisas só confirmaram os testes já realizados pelos agricultores, e hoje o milho safrinha, poderia ser chamado de milho safrona”, ressalta o analista técnico da Aprosoja/MS, Justino Mendes.

Mato Grosso do Sul tem 1,6 mil hectares de área plantada. Cerca de 30% do milho safrinha foi plantado após o dia 10 de março, fora do período estabelecido no Zoneamento Agrícola de Risco Climático, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), consequência da estiagem do período de plantio da soja.