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Crise na china não afeta comércio de carnes bovina e de frango com o Brasil

País asiático é o maior comprador de produtos agrícolas brasileiros

A China enfrenta uma das maiores crises econômicas dos últimos anos. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) local registrou a maior queda em 25 anos. Apesar desse fator, líderes do agronegócio acreditam que as vendas de carne bovina e de frango devem permanecer aquecidas.

Para Antonio Camardelli, presidente Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), desde a abertura do mercado chinês para a carne brasileira, em junho do ano passado, espera-se exportar para o país asiático de 15 mil a 20 mil toneladas mensais de carne bovina.

O presidente da entidade diz também que a meta da China, em reduzir os investimentos em infraestrutura, não deve trazer prejuízos ao setor brasileiro de carne bovina. “A Abiec mantém as expectativas anunciadas do fim do ano passado, com relação à abertura de um escritório da entidade na China, face à magnitude daquele mercado. É, também, a oportunidade que teremos de acompanhar procedimentos e movimentos comerciais daquele grande mercado asiático”, disse o executivo em entrevista à Sociedade Nacional da Agricultura (SNA).

Para este ano, a Abiec estima um faturamento com exportações de carne bovina para a China em US$1 bilhão.

Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) fez um panorama positivo da comercialização de carne de frango com os asiáticos. “Nós embarcamos para a China 307,1 mil toneladas 35% a mais que no ano anterior. A China é o quarto maior importador de frango do Brasil, com 7,3% do total exportado pelo País”.

Os números da suinocultura também foram expressivos. Foram exportadas para a China 5,2 mil toneladas, 520% a mais que no ano anterior. “A China ainda representa uma pequena parcela das exportações de suínos (somente 1%, posicionando-se em 11° lugar), mas já dá mostras de que tende a incrementar seus embarques após a habilitação das novas plantas”, destacou Turra.

As previsões do dirigente da ABPA para 2016 são favoráveis. “Nossa expectativa é que tenhamos um cenário ainda mais favorável às exportações. As relações entre brasileiros e chineses caminham bem e são reforçadas pela confiança das autoridades e dos importadores na qualidade e no status sanitário do Brasil”, finalizou.

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