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MS tem lavouras de milho ainda formado pendão e outras maturando

Variação ocorre em razão dos atrasos na semeadura do cereal. Cerca de 30% da área cultivada foi plantada fora do período de zoneamento.

Lavouras de milho estão em diferentes estágios de evolução em MS (Foto: Reprodução/TV Morena )

Em razão dos atrasos na semeadura, que fizeram com que cerca de 30% da área cultivada com milho safrinha em Mato Grosso do Sul fosse plantada fora do período estipulado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as lavouras da cultura no estado estão com uma grande diferença nos estágios de desenvolvimento.

Segundo circular técnica do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga), da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), enquanto que em algumas regiões do estado as plantações ainda estão no estágio de formação de pendão, o pendoamento, conhecimento como VT, que ocorre entre nove e dez semanas após o plantio, em outras, a cultura já está na última etapa do ciclo produtivo, a de maturação fisiológica (R6), que é registrada de 50 a 60 dias após a polinização.

Conforme o Siga, na região central do estado, as lavouras estão entre os estágios R4, em que os grãos estão se desenvolvendo, adquirindo uma consistência pastosa, ao R6. Em Sidrolândia, os produtores já relataram a incidência da lagarta da espiga e o volume de chuvas registrado é considerado bom para a cultura.

Já no norte sul-mato-grossense, algumas lavouras ainda estão na fase de pendoamento, enquanto que outras entraram na etapa de maturação. Os técnicos do Siga apontam que nos municípios consultados os agricultores ainda não relataram a incidência de pragas e doenças.

No sudoeste, o estágio de desenvolvimento das plantações do cereal varia do R2, em que os grãos, ainda brancos começam a se desenvolver e a acumular amido, ao R6, de maturação. Em relação aos insetos que atacam o milho, foi registrada em Antonio João a incidência da lagarta do cartucho e de pervejo, que já tiveram os ataques controlados, e em Dourados da lagarta da espiga. O vento forte também provocou o tombamento (acamamento) das plantas de alguns talhões em Bela Vista e Dourados.

Por fim, no sudeste, as lavouras  estão entre os estágios de formação do pendão ao de maturação fisiológica. Os produtores informaram que não foi registrada a incidência de pragas ou plantas daninhas, mas foram identificados focos de ferrugem em Amambai, Douradina, Fátima do Sul e Naviraí e de mancha branca em Douradina. Em outros dois municípios da região, em Aral Moreira e Laguna Carapã, o excesso de umidade preocupa os produtores, pois pode favorecer o desenvolvimento de doenças.

Previsão de safrinha recordeLevantamento de maio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que Mato Grosso do Sul deve quebrar seu recorde histórico de produção de milho safrinha no ciclo 2014/2015.

De acordo com a empresa pública, os produtores do estado devem manter nesta temporada a mesma área cultivada da anterior, 1,547 milhão de hectares, mas a produtividade das lavouras deve ter um pequeno incremento de 0,4%, passando de 5.140 quilos por hectare (85,6 sacas por hectare) para 5.160 quilos por hectare (86 sacas por hectare).

Esse aumento de produtividade, se confirmado, deve impactar diretamente no aumento da produção do estado, que vai crescer no mesmo patamar, 0,4%  na comparação dos ciclos 2013/2014, quando os produtores sul-mato-grossenses colheram 7,954 milhões de toneladas, e 2014/2015, quando a projeção indica que a safra deve chegar a 7,985 milhões de toneladas.

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