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70 anos da bomba atómica. Aplicação simula destruição de Hiroshima noutros locais do planeta

Historiador concebeu ferramenta para replicar os efeitos da bomba atómica em qualquer localização.

Simulação com a explosão de uma bomba equivalente à detonada sobre Hiroshima sobre a Baixa de Lisboa (Foto: )

Foi precisamente há 70 anos, no dia 6 de agosto de 1945, que os Estados Unidos lançaram uma bomba atómica de urânio (batizada Little boy) sobre a cidade de Hiroshima. Cerca de 30% dos residentes da cidade morreram na explosão e consequente onda de choque: registaram-se entre 70 a 80 mil vítimas mortais, e outras 70 mil pessoas ficaram feridas. As sequelas foram inúmeras e perduraram no tempo, devido aos efeitos da radiação, que viriam a duplicar o número de mortes até ao final de 1945.

Os efeitos foram devastadores e replicaram-se três dias depois, quando uma segunda bomba atómica atingiu a cidade de Nagasaki. Hoje, é quase impossível ter noção da escala de destruição da bomba atómica, mas um históriador desenvolveu uma aplicação que permite, pelo menos visualmente, perceber-lhe o alcance.

Chama-se Nukemap e pode ser usada para aferir dos efeitos da bomba atómica noutros locais do planeta. Os utilizadores podem selecionar a localização geográfica e decidir de que forma a bomba é detonada. Depois, é possível visualizar no mapa o alcanca da destruição, inclusivamente o número de pessoas afetadas. Se uma bomba equivalente à de Hiroshima fosse detonada sobre a cidade de Lisboa, por exemplo, a aplicação estima que mais de 43 mil pessoas perderiam a vida e 109 ficavam feridas.

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