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Abdeslam é acusado de assassinato terrorista na França

Salah Abdeslam foi extraditado da Bélgica para a França nesta manhã.Ele é suspeito de ter exercido papel central nos atentados de Paris.

Salah Abdeslam (Foto: Reprodução/GloboNews)

Salah Abdeslam, suspeito-chave dos atentados de 13 de novembro em Paris, quando morreram 130 pessoas, foi acusado nesta quarta-feira (27) pela justiça francesa de assassinato com caráter terrorista, cumplicidade em assassinato com caráter terrorista, posse e uso de explosivos e armas e sequestro pelo ataque na casa de shows Bataclan, informam os jornais locais e a agência de notícias Associated Press.Segundo seu advogado Frank Berton, Abdeslam será enviado a uma prisão fora de Paris. O advogado disse que Abdeslam disse a um juiz que ele explicará seu papel na série de atentados em um outro dia. Ele deve começar a ser interrogado em 20 de maio, segundo afirmou.Abdeslam foi extraditado da Bélgica para a França nesta manhã. O suspeito de planejar os ataques na capital francesa foi entregue pelas autoridades belgas e se apresentou a um juiz na França.

Abdeslam chegou a Paris às 9h05 (hora local) e foi colocado em isolamento, de acordo com a France Presse.

Seu advogado Berton é conhecido por trabalhar em casos polêmicos na França. “Ele não ficará em silêncio. Tem vontade em colaborar com a justiça francesa e explicará suas ações, afirmou ele a uma TV local mais cedo.

Abdeslam foi preso em março quatro dias após ataques a bomba de militantes islâmicos no aeroporto internacional de Bruxelas e em um vagão do metrô, que deixaram 35 mortos e centenas de feridos.

A justiça belga autorizou a extradição no final de março. Salah Abdeslam declarou que estava de acordo em ser extraditado para a França, informou um comunicado na época.

Um vídeo de câmeras de segurança do café Comptoir Voltaire, um dos alvos dos atentados de 13 de novembro, que foi divulgado nesta quarta, mostra o momento em que o irmão de Salah, Ibrahim, provocou uma explosão. Ibrahim morreu. Várias pessoas ficaram feridas.

Papel central nos atentadosAbdeslam, francês de 26 anos de origem marroquina, que cresceu no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, era o homem mais procurado da Europa desde os atentados de Paris. Ele foi detido no dia 18 de março em uma operação apresentada como um êxito das autoridades belgas na luta antiterrorista, poucos dias antes dos atentados no aeroporto de Bruxelas e em uma estação de metrô da capital belga que deixaram 32 mortos e centenas de feridos.

Segundo o procurador de Paris, François Molins, teve um papel central na formação dos comandos de 13 de novembro, participando da chegada de certa quantidade de terroristas à Europa e na preparação logística destes atentados.

De acordo com Molins, em suas primeiras declarações aos investigadores, Abdeslam minimizou seu papel. Também disse que queria detonar seus explosivos no Stade de France, antes de mudar de opinião. Seu irmão Brahim Abdeslam detonou seus explosivos nas ruas de Paris.

As polícias francesa e belga perderam o rastro de Abdeslam um dia após os ataques de Paris. Durante quatro meses Abdeslam se escondeu em Bruxelas.

Abdelsam também esteve em contato com ao menos dois dos suicidas dos atentados de Bruxelas. Khalid El Bakraoui, que detonou seus explosivos no metrô e alugou um apartamento em Bruxelas onde foram encontradas impressões digitais de Abdeslam, e Najim Laachraoui, um dos suicidas do aeroporto, de quem também se suspeita que fabricou as bombas para os ataques de Paris.

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