A Polícia Civil investiga uma denúncia de favorecimento à prostituição, realizada por dois internos da Unidade Educacional de Internação (Unei) Dom Bosco, em Campo Grande. Ao G1 a delegada Daniela Kades, adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca), disse nesta quarta-feira (25), que as supostas vítimas compareceram na unidade policial no dia anterior, acompanhadas de mais dois agentes penitenciários.
Eles disseram que eram obrigados a fazerem os favores sexuais e com isso nós registramos o boletim de ocorrência por favorecimento à prostituição. Nós ouvimos os dois internos e também mais um dos agentes que trouxeram os adolescentes. No entanto, como não houve relação sexual, não há vestígio e por isso eles não fizeram o exame de corpo de delito, comentou a delegada.
Ainda conforme Kades, um dos adolescentes afirmou que foi obrigado a praticar sexo oral cerca de cinco vezes. O outro apenas duas, sendo que a última proposta ocorreu há cerca de uma semana. O próximo passo é encaminhar uma intimação, via ofício, para o agente penitenciário prestar depoimento, comentou a delegada.
Até o momento, a investigação aponta que esta não é a primeira denúncia contra a agente. Ele atua desde 2000 e inclusive já esteve na Unei feminina. Ao que parece, o suspeito é homossexual e estava lá para não ter problemas. No entanto, como voltou para a ala masculina, houve denúncias, disse Kades.
O G1 entrou em contato com a superintendente da Unei Dom Bosco, Carmem Lígia Loureiro, e ela ressaltou que o fato está sendo investigado e passa por uma sindicância interna na corregedoria. Estamos garantindo a ampla defesa e o contraditório para o servidor, tomando todas as atitudes na legalidade. Temporariamente, ele foi afastado e está prestando serviços na Sede da Superintendência Sócio-Educativa. Também vamos tomar outras providências cabíveis, finalizou a superintendente.
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