O bairro Guanandi tem a maior incidência de focos do Aedes aegypti de Campo Grandex, pela segunda semana seguida, conforme a prefeitura do município. Na quarta-feira (2), o dono de um ferro-velho no bairro foi preso depois de uma força-tarefa do Centro de Controle de Endemias (CCEV) que encontrou vários focos do mosquito no local. O estabelecimento continua interditado.
Entre as casas e prédios antigos no bairro, que é um dos mais antigos de Campo Grande, estão escondidos diversos locais com focos do mosquito. Na região, carcaças de veículos são encontradas na rua e em calçada, sem cobertura e com água da chuva acumulada.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram 15 mil atendimentos no Centro Regional de Saúde do bairro Guanandi no primeiro bimestre de 2016. Do total, 40% estão relacionados à dengue.
No ferro-velho em que o proprietário foi preso, cerca de 20 funcionários da prefeitura trabalham na limpeza do local. A descoberta dos focos foi após várias denúncias de vizinhos. Para retirar o lixo e pneus do local foram utilizados 24 caminhões. Por conta disso, o proprietário foi preso em flagrante e deve responder por crime ambiental. A limpeza deve acabar na sexta-feira (5).
Além do ferro-velho interditado, existem outros cinco estabelecimentos com problemas semelhantes. A situação preocupa os moradores.Ferro-velhoO proprietário do local foi preso por poluição ambiental, furto de energia e água e por expor a perigo a vida e saúde de outra pessoa, segundo informou ao G1 o delegado Wilton Vilas Boas, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turistas (Decat).Alcides Ferreira, coordenador do Centro de Controle de Endemias (CCEV), afirmou que o ferro-velho representa risco à saúde dos moradores da região por conta da grande aglomeração de sucatas e outros objetos em terrenos a céu aberto e sem cuidado. O problema existe há cerca de 30 anos, segundo vizinhos do local. Outro problema verificado anteriormente é furto de energia e água.
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