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Após acidente e cirurgia no crânio, comerciante muda rotina no trabalho

Representante comercial sofreu acidente há sete anos em Campo Grande.Ele passou a usar computador de bordo no carro para controlar velocidade.

Neves implantou duas placas no crânio (Foto: Reprodução/TV Morena)

O representante comercial Cleyton Neves mudou os hábitos no trânsito depois de um acidente há sete anos em Campo Grande quando fez uma cirurgia no crânio. Como passa a maior parte do tempo dirigindo, hoje, ele anda com velocidade reduzida e usa o computador de bordo para auxiliá-lo.

Representante comercial passou por várias cirurgias (Foto: Reprodução/TV Morena)

Neves relembra a extensão dos ferimentos e o período de internação. “Não foi aquele acidente de quebrar uma perna, uma clavícula. Eu tive politraumatismo craniano, que afetou os dois lados da cabeça. Fiquei quase 40 dias em coma. Os médicos falavam que eu tinha só 10% de chance de sobreviver. Hoje, graças a Deus, sobrevivi”, conta.

O representante comercial passou por dois hospitais e teve que fazer diversas cirurgias. “Tive que colocar próteses de titânio nos dois lados [da cabeça], só que rejeitou. Aí colocaram de biocerâmica. No total, fiz seis cirurgias na cabeça”, afirma Neves.

O acidente aconteceu durante o expediente. Por tudo que sofreu, o representante comercial adotou novos hábitos quando está na frente do volante, onde passa o maior tempo trabalhando por ter de ir a vários lugares no mesmo dia.

“Em toda placa de pare, eu paro, seja minha ou sua preferencial, olho para os lados. Hoje meu carro está com computador de bordo ligado. Então, ajuda um pouco a evitar acidentes”, explica.

Neves adotou novos hábitos ao dirigir depois do acidente (Foto: Reprodução/TV Morena)

Acidentes de trabalhoO caso de Neves é considerado acidente de trabalho. Mato Grosso do Sul é o 14º estado com mais ocorrências, tendo cerca de 11 mil incidentes, conforme dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho de 2013. A Superintendência do Trabalho reconhece o déficit de funcionários na fiscalização para tentar reverter os números.

O órgão tem atualmente 40 auditores, sendo que o mínimo necessário é de 200 profissionais. De janeiro de 2015 até agora, já foram aplicados 3.475 autos de infração. Do total, 836 foram no setor da construção civil.

Mais de 98% das irregularidades foram constatadas no próprio ambiente de trabalho, e apenas uma pequena parte de profissionais não estavam usando os equipamentos de proteção individual. Em 2015, a superintendência já embargou 123 locais que ofereciam algum tipo de risco aos trabalhadores.

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