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Avon faz acordo para vender produtos da Coty no Brasil

A empresa de cosméticos Avon assinou uma carta de intenções com a Coty para divulgar e vender as fragrâncias da empresa através de suas 1,5 milhão de consultoras no Brasil, maior mercado consumidor de perfumes do mundo.

Em comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira, as companhias afirmaram que a ideia é mostrar uma seleção de perfumes da Coty no catálogo da Avon, numa associação cujos detalhes ainda estão sendo discutidos.

A Coty deve a maior parte das suas receitas aos perfumes de marcas como Calvin Klein, Davidoff e Playboy, assim como às fragrâncias que vende com o nome de celebridades, como Lady Gaga e Jennifer Lopez. A previsão é que o acordo seja finalizado ao longo dos próximos meses.

A investida representa uma aposta das companhias no mercado brasileiro de perfumes, maior do mundo segundo a Euromonitor. Dados mais recentes disponibilizados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal (Abihpec) apontam um avanço de 13,6% nas vendas de 2012, a R$ 5,4 bilhões - cifra que vem abrindo os olhos e a carteira dos competidores no País.

Líder na venda de perfumes com uma fatia de 33%, a Natura perdeu mais de 1 ponto percentual de participação em 2012 devido à crescente participação do Grupo Boticário, informou a Euromonitor em relatório sobre o setor divulgado em agosto passado.

De lá para cá, a Sephora também incrementou suas atividades no Brasil. Controlada pelo grupo francês de luxo LVMH, a varejista de perfumes, maquiagens e cosméticos abriu sua primeira loja em 2012 no país. Atualmente, já são oito unidades, distribuídas em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

União de forças

A união entre Coty e Avon também mostra uma aproximação entre as empresas após a fracassada tentativa da Coty de comprar o controle da rival. A Coty acabou optando por financiar sua expansão com a abertura de capital nos Estados Unidos, levantando cerca de R$ 1 bilhão em IPO realizado em junho passado.

Na época, a companhia divulgou que esperava que os mercados emergentes respondessem por um terço das suas vendas em um prazo de cinco anos, ante percentual de 25%, em face do morno crescimento do mercado consumidor nos países desenvolvidos.

No último trimestre, as vendas da companhia caíram 4%, a US$ 1,2 bilhão, num resultado atribuído pela Coty às condições desafiadoras do varejo nos Estados Unidos, principalmente nas categorias de esmaltes e fragrâncias.

No mesmo período, as vendas nos mercados emergentes subiram 6 por cento, guiadas por Brasil, Sudeste Asiático e África do Sul, onde a companhia afirmou estar positivamente alavancando suas novas estruturas comerciais.

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